quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
Quando a Morte faz papel de boba
"Certa noite, bateram na porta de sua casa. Era a Morte vestida com uma capa preta.- Zé, pode se preparar. Sua hora chegou - disse ela segurando uma foice.
- Mas como! - exclamou ele espantado. - Já? Deve haver algum engano! Ainda me sinto tão bem!
A Morte não era de muita conversa.
- Se está pronto, vamos.
Zé Malandro baixou a cabeça.
- Posso fazer um último pedido?"
Olha, preciso dizer... que livro supimpa! "Contos de enganar a morte" (Ática), de Ricardo Azevedo, envolve a gente e rende boas gargalhadas. São quatro contos sensacionais nos quais a Morte é descaradamente enrolada por personagens bem malandros e destemidos, que não estão nada a fim de ir com ela para o outro mundo.
As ilustrações, do próprio autor, são poucas, mas suficientes. Lembram xilogravuras e combinam demais com o clima das histórias.
Gui e eu adoramos! Lemos um conto atrás do outro, sem parar e, como o próprio livro diz, "o tempo, quando vai se ver, já passou"!
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