sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Quem gosta de rir, gosta de fazer rir!


Sou movida a risos e sorrisos. Não tem nada que me estimule mais do que uma boa gargalhada. Pode até ser que momentos tristes inspirem uma produção criativa incrível. Mas pra mim, sem dúvida alguma, o bom humor é sempre mais encorajador. Não preciso ir muito longe pra ilustrar isso. O melhor exemplo é meu cachorro.

Tenho uma pug há um ano e meio. Quando decidi que a adotaria, muitos me perguntaram:

- Mas por que essa raça? Por que não um labrador?!

Bom, a diferença de um pug pra um labrador me parecia um tanto óbvia.

- Porque um labrador não é um pug.

Às vezes, as pessoas com quem eu conversava me olhavam desconfiadas.

- Pug? Isso é raça de cachorro, é?

Tinha que explicar que é um cachorro gorducho zoiúdo que tem a cara preta e amassada. Essas informações normalmente bastavam. Daí vinha a pergunta que alguns me fazem até hoje:

- Santo Deus! Por que você escolheu esse cachorro? Ele é HORROROSO! (Quanta sutileza, não?)

Tenho a resposta na ponta da língua:

- Horroroso? É engraçadíssimo! Me dá vontade de rir só de olhar pra ele!

Pura verdade. Não foi à toa que dei a minha cadela o nome Maroca. Combina com ela, que me arranca risadas sem fazer força. Maroca me diverte e me inspira. Como tudo que é engraçado.

Rir é necessário. Todo mundo precisa, pelo menos de vez em quando. Então, como minha timidez não me permite ser uma humorista ao vivo e a cores, procuro fazer graça através dos meus textos. O desafio de produzir algo que possa mudar o estado de espírito de alguém é motivador. Fazer rir é bom demais!

Vivam os palhaços, as piadas e os pugs!

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Quem precisa disso?



Não há nada mais inútil que o preconceito. Esta é uma narrativa não linear, que conta a história de um cara otimista.

Baixe gratuitamente na iBooks Store
(apenas para dispositivos Apple)

sábado, 10 de novembro de 2012

O avião


Palitos de dente, arroz e sal espalhados pela mesa. Dona Lourdes não sabia onde enfiar a cara.

– Luquinha, para com isso. Você já é um rapaz!

Mas o Luquinha fazia que nem era com ele. Virou avião. Saiu correndo de braços abertos pelo restaurante, sem se importar com os olhares incomodados em cima dele.

Foi um outro avião que o fez aterrissar. Ia pousar bem dentro da boca vermelha da moça bonita. Era amarelo e brilhante. A mão levou o doce lentamente até os lábios e a moça fechou os olhos pra deixá-lo entrar. A satisfação no rosto dela fez o Luquinha salivar. Que beleza... Vinte segundos de silêncio até os olhos dela se abrirem e encontrarem os dele. Ops! O avião maluco levantou voo de novo. Vrrruuumm! Só foi parar na mesa da Dona Lourdes.

– Meu filho, por favor, fica quieto um pouquinho! Não mata a mãe de vergonha! Quer comer alguma coisa pra se distrair?

O Luquinha arregalou os olhos e respondeu ligeiro:
– QUINDIM!!!

(Estudo em aquarela e lápis de cor)