terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Ano bom

Mais de 60.000 Livretos Coloridos baixados na iBookstore em 2013! 
Só tenho a agradecer! :D Que venha 2014! Feliz Ano Novo a todos!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Amor em gotas


Plic, plic...
Leite, lágrimas
Plic, plic...
Sal, leite, sangue
Nos seios
Plic, plic...
Pingos de dor
Lancinante
De lactante
Latejante
Contente
Cantante
De mãe

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nasceu!!!

Reparem todos nesta monotipia
Matriz de minha autoria.

Sem modéstia e cheia de alegria,
Celebro o milagre deste dia!!!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O sonho


Nas ideias da moça, teria menina
Outro palpite não lhe acenava
Papel principal, em seus textos, porém,
Era menino que ocupava.

Observação da professora
Misto de sensibilidade e sutileza
Interrogação mais que bem-vinda
Deu um fim a toda aquela certeza.

Em conversa de intuição, dispersa,
A moça repetia a intenção antiga
Mas resposta imprecisa não satisfaz
Curiosidade de melhor amiga.

A observação da professora veio à tona
E, tomada por um entusiasmo de arrepiar,
Disse, a amiga, que havia sonhado
Com o menino que estava para chegar!

Trazia-o pela mão a bisa paterna,
Revelando que a moça já percebia
A presença do filho tão desejado
Nas histórias que escrevia.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Baleia

Poema inspirado no conto Baleia de Graciliano Ramos


Na pior noite da vida nossa
O Pai encarnou o Capeta
Um aperreio, uma aflição
Duas olheiras violeta
Quando notamos sua intenção
A coisa já estava preta.

A Baleia corria perigo
Mas como podia ser?
Era pessoa da família
Por que havia de morrer?
Já nos dera tanta alegria
Tinha direito de adoecer!

Pra camarinha fomos rebocados
Pela Mãe, de coração pesado
Queria nos poupar do sofrimento
De assistir a crueza ali do lado
Ela aceitara a decisão do Pai
Mas partilhava nosso grito chorado:

Vão bulir com a Baleia?
Ora, faça isso não!
Coitadinha da Baleia!
Um 'cadim' de compaixão!
Pobre da cachorra Baleia!
Sacrifício não é solução!

Apesar de nossos protestos
O Pai atirou nos quartos da bicha
Que fugiu lá pros juazeiros
Se arrastando feito lagartixa
Não satisfeito, ele 'inda foi atrás
Pra acabar de vez com a rixa.

Nunca mais vimos Baleia
Nem falamos sobre ela
Pois o Pai, depois daquilo
Virou poço de querelas
É, de nós, quem mais padece
Com saudade da cadela.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

51.517!!!

Estou que nem mãe boba. Coruja mesmo. Não bastasse a felicidade de estar gerando meu menino tão esperado, meus filhos digitais têm me dado o maior orgulho na iBookstore: mais de 50.000 downloads e bem avaliados. Sabe aquela expressão "andando nas nuvens"? ;)
http://peralvaperalta.blogspot.com.br/search/label/Livretos%20Coloridos

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Presente da Ninfa

Registro da nossa leitura/cantoria no Parque das Ruínas. Uma manhã linda de sol, com muita poesia e amigos maravilhosos. Vida longa ao Poesia no Parque!

Foto: Ninfa Parreiras

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Odete e Osmar



Sabe duas pessoas completamente diferentes? Odete e Osmar não têm nada em comum e, por isso mesmo, não se desgrudam!

Baixe gratuitamente na iBooks Store
(apenas para dispositivos Apple)

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Feitiço Maroquino pra fazer sorriso

Esferas negras, bolas de gude
Espelhos convexos, reflexos
Jaboticabas de vem-me-ver
Olhos saltados, arregalados
Expressão de não-sei-quê
Cabeça tombante
Esquerda, direita
Touchè!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Surpresa!

Que coisa gostosa receber um presente de uma criança!
Obrigada, Nicole! Seu desenho coloriu meu dia!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Georgette


Aujourd’hui, c’est un grand jour pour Georgette. Elle est tellement contente qu’elle a envie de faire mille galipettes, se promener en bicyclette et jouer de la clarinette. Tout ce bonheur a certainement une raison authentique. Cette raison s’appelle Pierric, un garçon à l’air angélique, mais qui en fait est une personne antipathique et diabolique qui fait le diplomatique pour promouvoir sa vie académique. Tout le monde le sait dans l’école sauf Georgette, qui s’obstine à embrasser sa photo comme si c’était une amulette.

Maintenant elle se prépare pour aller à une buvette. Pierric l’attend pour lui dire une chose secrète. Mais, que peut être cette chose? Georgette n’aime pas les devinettes. Elle préfère rester avec ses idées abstraites. Dans son armoire, elle prend sa meilleure culotte et devant le miroir la petite rigolote se raconte des anecdotes. Sur la porte de l’armoire est accroché un pense-bête. Le rendez-vous est à sept heures. Sept! Mais quel sera le vêtement parfait? Une robe ou la salopette? La salopette, c’est chouette.

En arrivant au bar, avec une ponctualité britannique, Georgette voit l’amour de sa vie et en grelotte. Quand lui la voit, il a l’oeil qui clignote. Elle marche jusq’à lui, s’assoit et commande une blanquette avec des cacahouettes. Ils bavardent, elle s’amuse, il fait le loustic. Un concert acoustique rend la soirée encore plus romantique.

Mais, tout à coup, ce qui était romantique devient dramatique. Pierric met Georgette dans une situation chaotique. Il lui demande d’écrire une lettre à une femme étrangère qu’il a connu durant une promenade nautique. Cela serait comique si ce n’était tragique. Georgette se sent bête. Stupéfaite, elle ne peut pas y croire et fait une crise asthmatique. Mais, quand même, elle dit oui, la pauvre. Qu’est-ce qu’elle peut faire d’autre? Il aime les belles et riches chochottes… Elle préfèrerait être analphabète pourvu qu’elle soit une vedette. À quoi sert d’être polyglotte quand on est boulotte?


Foto: http://br.freepik.com/fotos-gratis/rosa-seco--triste_529260.htm

quarta-feira, 24 de julho de 2013

23 de julho de 2013


Foi no dia da chegada da frente fria
Da abertura da Jornada Mundial da Juventude
Foi bem no dia do aniversário da neta do meio
Junto do Dominguinhos
Ela se foi.

Mãe de cinco,
de sete,
Bisa do meu pequeno
Que só conhecerá seus encantos
Por meio de nossas palavras
Nossas lembranças.

Ela se foi
Após longa caminhada
Deixando muita saudade
E um sentimento de gratidão sem tamanho.

 Homenagem a minha vovó linda Maria Onices Figueiredo Monteiro

quarta-feira, 10 de julho de 2013

É menino!


Depois de receber a notícia tão esperada hoje na ultra, saí que nem doida, contando pra todo mundo a novidade. Meu Guilherme está a caminho! Nessa, recebi, por email, além de muitas felicitações vindas de queridos amigos que a Literatura Infantil me apresentou, um poema do amigo Carlos Pedala, que me emocionou um bocado, fazendo menção ao dia em que anunciei a gravidez no curso. Obrigada, Carlos!!

Feito feijão (Carlos Pedala)
Para Guilherme e seu pais

Apareceu feito feijão
Broto, botão
O feminino entendeu
Vieram abraçá-los
Os homens, não
Ele é
Eles são
Apenas meninos
Diante do mistério
Diante da imensidão
Ela é menina, é mulher, é geração
Seja bem-vindo Guilherme
Venha em paz!
Seja feliz!
E conte com a nossa amizade.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Perder nem sempre é ruim


Concurso de caretas... Criança tem cada ideia! Eu já participei de um, uma vez. Só que a única careta que eu sabia fazer era mostrar a língua. Pode? Fui uma das primeiras a sair da competição, claro. Depois, olhando de fora para as caretas finalistas, percebi o quão simpática era minha "careta". Eu não tinha a menor chance! Ainda bem! :P

sábado, 4 de maio de 2013

Gotooooso...

No início de março, Luiz, Maroca e eu fomos a Resende visitar os amigos Fabio, Tatiane e Maria Luisa. Foi um barato. Colocamos o papo em dia e brincamos à beça com a Maria Luisa. Num momento de distração, enquanto conversávamos, a Tati chamou a atenção da filha por estar lambendo o vidro da estante da sala. Daí o Luiz mandou a piada no timing certinho! Foi o que me inspirou para fazer a historinha Gotooooso... Um beijo carinhoso para Fabio, Tati e Maria Luisa Moranguinho :) Ah! E lambidas da Maroca para Ariel e Petit!

L.Peralva



Consumismo canino





A Maroca nunca sai do Pet Shop por bem. Só arrastada. Um ano e meio de vida e já tão consumista... Tsc tsc tsc...

Tobias
  

terça-feira, 23 de abril de 2013

Expectativa


Entre manchas cinzentas no fundo escuro em forma de leque, surge um pontinho preto.
– Achei. Vamos ver mais de perto?
O ponto se amplia e toma o feitio de um grão de feijão. A profissional faz medições.
– Mas o que significa?
– Ainda não dá para ver, mas é aqui onde a mágica toda acontece.
Meus olhos fixam na imagem e não enxergam mais o feijão.  Apenas uma boca que sorri marota para mim, como quem diz: – Me aguarde!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Os bons ventos do outono


- Tenha paciência. Na hora certa, vai acontecer.
- Mas quando?
- Bem... Olha aquela árvore lá. Sua hora vai chegar quando uma daquelas folhas cair.
- Mas qual??
- Isso eu não sei te dizer.

As folhas caíram aos poucos, sem trazer novidade. Mas uma delas ficou, apenas uma. Manteve-se firme, presa ao galho até... ontem! Bendito seja o outono!!!


(Estudo em stencil)

domingo, 7 de abril de 2013

Águas de março


Luz apagada. - Deitados no chão, fechem os olhos e relaxem. Deixem vir à mente as mais belas paisagens... Era assim que começavam as minhas viagens na seção de relaxamento das aulas de teatro do segundo grau. Foram poucas e, claro, participei porque eram obrigatórias. Mas dessa parte das aulas eu gostava bastante, pois podia praticar, com certa liberdade, meu passatempo favorito: imaginar.

Digo "certa liberdade" porque a professora costumava quebrar a fluidez de nossos pensamentos com frases do tipo: - Agora você está diante de um lago. E, mesmo que você não tivesse a menor intenção de meter um lago na sua paisagem, ele surgia ali, na hora, tão intrometido quanto a voz que o havia anunciado.

Dei o exemplo do lago porque é o que vem primeiro à cabeça quando me lembro dessas aulas. Não tenho nada contra os lagos. Muito pelo contrário. Minhas paisagens eram cheias deles. Variavam entre mares, rios, lagos e lagoas, que às vezes se misturavam, sempre debaixo de um sol ameno.

No final da terapia da imaginação, a professora perguntava como tínhamos idealizado as imagens introduzidas por ela. - Como era o seu lago? E cada um revelava um pouco de sua personalidade, sem perceber, através das respostas.

Como era o meu lago? Cristalino e profundo. Transparente e complexo. Tipicamente pisciano.

sábado, 16 de março de 2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Proposta indecente


Boa noite, é um prazer. O meu nome é Renato.
Juro que serei direto para não bancar o chato.

Este é meu sexto copo e já nem enxergo mais.
Você tem dezoito olhos ou estou vendo demais?

Oh, não, não me dê as costas! Eu não tive a intenção
De ofender moça gentil que me dá tanta atenção.

Só lhe faço um pedido. Não estou tirando sarro.
'Cê me dá uma carona se te empresto o meu carro?

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Até chegar ao paraíso



Sobe, desce, direita, esquerda, pra frente, pra trás... Passada meia hora nesse balanço, a cor de Clarice variava entre o branco e o verde.

Havia cerca de vinte pessoas no barco. Davi, seu marido, dormia tranquilo ao seu lado, assim como as crianças encostadas na mulher à sua frente. Os demais faziam caretas e, vez ou outra, seguravam, com muito esforço, o café-da-manhã, que teimava em querer fugir boca afora. Aqueles que não conseguiam, encorajavam outros a se largarem também. Era saquinho daqui, papel-toalha dali...

Clarice quase se rendeu, sobretudo depois de perguntar ao marinheiro qual era duração da viagem.

- Duas horas, madame. Mas uma já foi! Só falta uma!

Deus do céu, por favor, permita que eu durma! – Clarice desejou com toda força. Então, o balanço do barco, além de embrulhar o estômago, começou a ninar a moça.

- Claclá, chegamos. – Davi interrompeu o sono de Clarice com um cafuné.

Clarice abriu os olhos, enxergou terra firme, respirou fundo e... ahhh, sorriu. Contemplou por um momento o lugar paradisíaco, agradecendo a si mesma por ter comprado passagens aéreas para a volta e por não ter tomado café-da-manhã.

sábado, 26 de janeiro de 2013

Vida


No escuro
Ela me encara
Vejo voltas e revoltas
Entradas, saídas
Tantos caminhos
Desvios
Bifurcações
Ah, vida...

Num piscar
Todo o labirinto
É perfume
Delicadeza impávida
Ela me abraça
Sufoca
E me engole
Ávida!



(Estudo em grafite)

sábado, 19 de janeiro de 2013

Caleidoscópio



Como se fosse o fim,
Os dois se apertaram num abraço,
Respiraram fundo
E se deixaram levar pelo furacão.
Seja o que Deus quiser!


(Estudo em colagem e pintura digital)