terça-feira, 23 de maio de 2017

Performance de ilustração na FLIST


Divertidíssimo!!! Se tivesse tempo, certamente eu teria desenhado muuuito mais com essa galerinha super interessada. Adorei.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Suada finesse



Padecia de sudorese severa. Uma disfunção que fazia Percevânia penar, desde seus primeiros anos na escola, com a zombaria dos colegas e os apelidos que colecionava. Seu sobrenome, Quevejo, ajudou na criação de um deles em especial. Aquele que carregou até se tornar adulta e lhe deu a inspiração de que precisava para sua grande reviravolta: Percevejo. Viveu anos de úmida agonia sem se dar conta de que nela dormia seu trunfo.

De tanto ser comparada a um inseto que conhecia apenas pelo que diziam os leigos, a moça iniciou um estudo aprofundado sobre um xará seu: o Nezara Viridula ou, para os íntimos, Maria-fedida. A cada descoberta, identificava-se um pouco mais. Lia teses extensas sobre o inseto com tamanho gozo que mais parecia estar num transe de autoconhecimento. Incorporou aos poucos alguns comportamentos do bicho e passou a criá-lo para entendê-lo melhor. Observou, alimentou, amou, dissecou as criaturas. Percebeu o poder da substância que expeliam. Aprendeu a manipulá-la. Apaixonou-se e fez da depuração daquele cheiro sua razão de viver.

Numa reflexão sobre odores e fedores, recorreu à analogia para concluir que, em vez de asco, o cheiro de percevejos poderia causar atração. Não há quem diga que cecê excita? Entre fragrância e futum, um fio tênue. Em seu divagar, Percevejo suava. Muito. Essência, perfume. Sentia a epifania à espreita.

Por sua afinidade com experimentos, formou-se em Química. Trabalhava no laboratório durante o horário de expediente e em casa, à noite, com seus exóticos bichinhos de estimação. Em pouco tempo, estava no topo de uma grife importante. Passou a frequentar ambientes de luxo e consumir produtos finos.

– Aceita um café, madame?

Naquela bebida estava a resposta. Quando soube que o grão do café que estava prestes a degustar, um dos mais caros do mundo, era colhido das fezes de elefantes, tudo clareou. Que delícia: amargor atenuado, aroma floral, sabor com notas de chocolate ao leite, nozes e frutas vermelhas. Eureka! Que mal haveria em borrifar umas gotas de essência de percevejo no cangote se já ingerimos algo que saiu do fiofó do elefante?

Do encontro com a bebida reveladora até o dia seguinte na empresa, Percevejo nada fez além de redigir o projeto da sua vida. Sua essência. Apresentou a todos que estavam dispostos a ouvir. Recebeu ofertas, aplausos.

Hoje a Perce V. é a grife líder mundial em perfumaria por suas fragrâncias inovadoras. Sua falecida fundadora não concedia entrevistas e muito se especulou sobre ela. Após a morte, em sua casa, completamente tomada de percevejos, foram encontrados arquivos valiosíssimos que mostram, em curiosos detalhes, o processo de depuração do perfume mais caro do planeta.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Caça às personagens


Voava baixo e em silêncio o vulto na noite de Santa Salém. Esgueirando-se pelas ruelas empoçadas, agarrada a um embrulho, Eulália dirigia-se determinada à casa dos Boaventura. Gente de posses, dada à caridade. Não se negariam a abraçar e assumir o que para ela, naquele momento, não passava de um estorvo. Teria então a chance de parar de viver no erro e redimir-se. Deitou, com cuidado, o pacote no capacho da família abastada, olhando-o nos olhos. Scriptum est, disse o bebê. Hein? Eulália quase arremessou a criança ao ouvir aquelas palavras que, pronunciadas por um recém-nascido, pareciam coisa do demo. Tinham mesmo sido ditas? Seus olhos pregaram-lhe uma peça? Os ouvidos? Resolveu desaparecer antes que o delírio voltasse a atormentá-la. Véu na cabeça, terço na mão, estrada no pé. Partiu sem titubear, farta de fantasias.

De dia era Maria, de noite, João. Num dia era polícia, no outro, ladrão. Como Amélia nunca descobriu sua identidade, concluiu que podia ser qualquer um. Ativista, pacifista, vigarista, artista. Ajudava na igreja, fazia bico no cabaré. Acreditava em cada papel com a mesma certeza. Clandestina de nascença, exercia todos os ofícios. Especialista em generalidades e invencionices. Esse jeito múltiplo-transitório de se encarar era o único que conhecia e incomodava muita gente. Costumava ser alvo de piadas e vaias dia após dia. Seus vizinhos só lhe concediam uma trégua no carnaval, quando pareciam se comportar como ela. Encarnavam personagens, fantasiavam-se, davam férias aos preconceitos. Nesses dias, porém, Amélia preferia a reclusão.

Depois da morte do último Boaventura legítimo, que se afogou nas dívidas, Santa Salém perdeu o que lhe restava do respeito por Amélia. Com abordagens cada vez mais hostis, os vizinhos tentaram de tudo para tirá-la de circulação. A moça passou a ser considerada altamente prejudicial aos bons costumes da cidade e se tornou questão de ordem pública. Policiais armados cercaram sua casa. Trouxeram uma representante da igreja para tentar convertê-la. Missão para Madre Eulália, da paróquia de Santo Paoco, que veio voando em seu hábito negro e invadiu a casa com violência.

Não se sabe o que houve lá dentro, mas em três dias um misterioso incêndio lambeu toda a construção. Quase fundidos num abraço, os corpos foram encontrados: a bruxa e a freira. Sentenciadas à mesma fogueira. Scriptum est.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Começando o ano com Gullar


Em nosso primeiro sarau do ano, homenageamos o saudoso poeta Ferreira Gullar. Miriam Ribeiro, Pepita Sampaio, Rachel Facó e eu adaptamos nosso roteiro já apresentado na FLIST de 2015. Uma linda manhã, com a presença da Anna Claudia Ramos, a quem eu tanto queria conhecer pessoalmente. Viva Poesia no Parque! Feliz 2017!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Era uma vez... vitória!


Muito, muito, muito feliz!! A ficha ainda está caindo, mas está lá, estampado no jornal Notícias 12 da FNLIJ: venci o concurso "Era uma vez... Uma Proposta de Leitura Compartilhada", na categoria Relato Ficcional com o texto "Natureza de Coelho". Quem quiser ler e comentar, é só baixar o jornal pelo link http://www.fnlij.org.br/site/jornal-noticias/item/802-dezembro-de-2016.html. Um baita presente de Natal! Ho ho ho ho!!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Um lançamento especial na Estação


No dia 29/10, sábado, às 15h, faremos um novo lançamento de nosso livro Miudezas. Desta vez, na nossa casa: a Estação das Letras!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Miudezas subirão a serra!


Miudezas, do Selo Cartonera Carioca, será apresentado na FLICEPE (Miguel Pereira), dia 17 setembro, às 14h. A programação está um barato!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Um até breve...


Foram poucas aulas, mas... que aulas! Não pude continuar por conta de uma necessária mudança de rotina. Faltou tempo: problema da moda. Mas hei de voltar um dia. Nem que seja só pra trocar ideias com Mestre Bandeira ou ouvi-lo recitar Pessoa: "Vem, noite antiquíssima e idêntica..."

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Todo ouvidos!


Numa bela manhã de julho, levanto da cama guiada por mãozinhas convictas. Sentindo o ar frio do inverno, titubeio. – Vem, mamãe, vem! – O tom infalível atropela minha preguiça. Seguimos os dois para seu quarto. Lá ele se ocupa com brinquedos, independente de mim. Empurra, amassa, embaralha, encaixa, cria. Espírito absorvido. – Guilherme? – Inútil chamar. Tudo que consigo é um olhar abotoado por fração de segundo. Insinuo um movimento. – Não, mamãe, fica? – Ah, eu fico! Pego um livro na sua estante e começo uma leitura em voz alta.

Numa bela manhã de setembro, a velhinha levanta-se da cama, cafunga e... Nada. Continuo contando canários amarelos, gansos brancos, galinhas pintadas, gatos pretos, porcos barrigudos e vaca marrom. No meio da bicharada, ele para de brincar e me dá as costas. Sinto-me música de elevador. Pelo menos a colheita dos velhinhos é boa. Viro a página.

Numa bela manhã de março... Continuo? Sim. Agora eu quero saber o fim da história! Puxa daqui, estica dali, força de lá, mas Guilherme não se mexe. Vêm os velhinhos, a vaca marrom, os porcos barrigudos, os gatos pretos, as galinhas pintadas, os gansos brancos, os canários amarelos e vai embora meu fôlego. Ainda assim, não se mexe! A velhinha traz o rato e chego às últimas páginas.

POP! O nabo gigante sai do buraco. – Viva o ratinhooooo!!! – O grito de Guilherme me derruba da cadeira. Bichos, velhinhos, o livro e meu menino, todos em cima de mim. Caímos em deliciosa gargalhada. – “Quelo” mais! – Como não? Recomeço, releio. Repito diversas vezes, recompensada por ter abandonado tão cedo meu edredom para partilhar leitura, mesmo sem me dar conta disso.

sábado, 16 de julho de 2016

Lançamento do Miudezas no Poesia no Parque



Passeando por Ouro Preto e Mariana. Do Soneto à Aldravia. Sem pressa, em versos. Poesia no Parque com roteiro de Ninfa Parreiras e lançamento do Miudezas com a presença dos treze autores. 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Modelo vivo com o mestre Bandeira de Mello

Achei que não conseguiria passar pela prova inicial. Quando me vi diante do grande mestre, suei frio. Era mesmo verdade? Quando ele me disse: - Ok, não tá ruim, não. Você tem jeito (como quem diz: tem conserto), vibrei de alegria! Mestre Bandeira de Mello é uma figura rara, artista com sensibilidade, conhecimento e técnica pra dar e vender. Um ser humano encantador.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Miudezas saindo do forno direto pra FLIST


Publicar em tempos sombrios foi o tema de um dos bate-papos que rolaram na FLIST. A Cartonera Carioca, que participou dessa conversa, é um selo editorial que realiza publicações literárias artesanais, sem fins lucrativos. Publica, somente, textos literários, desenvolvidos em oficinas e cursos de criação literária, coordenados pela curadora Ninfa Parreiras. Uma ação entre amigos, vinculados à Poesia no Parque / Poesia no Castelo e à Estação das Letras. Miudezas, nosso primeiro livro, é composto de aldravias de treze autores.

sábado, 9 de abril de 2016

Encontro com Jovens Leitores


No dia 07/04 participei, como escritora e ilustradora, do Encontro com Jovens Leitores junto com a escritora Luisa Benevides, na Biblioteca Popular Municipal de Jacarepaguá. Emoção indescritível. Só tenho a agradecer. À encantadora biblioteca, à animadíssima professora Ana Paula e seus alunos, que deram um show à parte, com olhares, sorrisos e falas cativantes, e, claro, às amigas Luisa, Miriam Ribeiro e Ninfa Parreiras por todo empenho nesse lindo projeto. Foi realmente um prazer! Muito obrigada.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Desafio microcontos: cem toques


Ao perceber que dava passos que não eram seus,
o fantoche parou para, enfim, decidir que rumo tomar. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Mapas Literários rumo a Bolonha!


Conquista! Mapas Literários: o Rio em histórias foi selecionado para compor o Catálogo FNLIJ para a Feira de Bolonha! Felicidade que não cabe no peito!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Conversa com o Autor


No dia 26/10, Rachel Facó e eu participamos da gravação do programa "Conversa com o Autor", mediado por Katy Navarro, na Casa de Leitura, em Laranjeiras. A entrevista foi ao ar no sábado, 28, na Radio MEC AM 800kHz e já está disponível no site da rádio. É só clicar e escutar! ;)

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Efeito Éole


Sobre o vilarejo de Sotavento estacionou uma nuvem há vinte anos. Desde então, chove sem cessar por ali. No lugar da praça fez-se lagoa. Começou com a chegada de uma frente fria com sotaque francês. Esmeralda tinha olhos de mar e madeixas de calmaria que, no primeiro contato com Éole, encheram-se de ondas ferozes. A cabeça virou-se em ressaca pelos cálidos sopros do forasteiro. No entanto, quando ele partiu sem aviso e o marasmo de antes voltou, Esmeralda já tinha vício pela ventania. De quentura e saudade, ela chorou. Foi a última vez que se viram moça e praça. Dali em diante, só nuvem, lagoa e um calor dos infernos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pães de Açúcar


Bom dia! Olá, como vai?  Bom dia! Oi! Tudo bem? Tudo azul. Onde quer que eu olhe. Pela manhã, as ruas de Laranjeiras se enchem de crianças a caminho da escola. Umas a pé, outras de carrinho, algumas na cadeirinha da bicicleta. Alguém disse certa vez que começar o dia topando com uma criança é bom sinal. Que dirá com várias?! Mas o que tem me deixado enternecida é perceber quem as acompanha. As vozes que me cumprimentam são graves e o tamanho dos sorrisos denuncia o orgulho de ser pai.

Foi noutro dia que me dei conta disso. Encontro muito mais pais do que mães quando deixo meu filho na escola. Constatação sem o menor tom de crítica. Gosto de ver o jeito com que eles lidam com a situação. Têm uma delicadeza arbitrária, diferente daquela que se espera das mães. No meu trajeto, o trecho da Paissandu é o mais fértil.

Rua de palmeiras imperiais que liga Laranjeiras à Praia do Flamengo, a tradicional Paissandu tem um nome de origem controversa. Das versões que li, nenhuma me parece tão interessante quanto a que ouvi da boca de um menino. Vinha no colo do pai, que andava a passos largos, quase correndo, com a bolsa tiracolo entupida e entreaberta. Uma toalha ameaçava cair. Sem outro meio de ajudar, o pequeno anunciava: pai passandu, pai passandu, paissandu, paissanduuuu!!! Definitivamente, Paissandu é rua de pais passando. Dei licença.

A proliferação de “pães” tem atingido níveis surpreendentes no Rio de Janeiro. Doce perspectiva. Que os índices permaneçam em alta! Por isso, quando percebo o tamanho da paixão do meu filho pelo pai, engulo a seco o ciúme que tenta se achegar. É preciso dar licença aos Pães de Açúcar.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Vaqueria


Enquanto a vaca não vai pro brejo
Avacalhas avisos, sortilégios
Sopros no vento
Lamento

Enquanto a vaca não voa
Permaneces à toa
Canoa furada
Nada

Enquanto a vaca não tosse
Espirra pra que te coces
A pulga na orelha
Aconselha

Enquanto a vaca não pia  
Voltemos à vaca fria
Três, dois, um
Bum!

Vaca, vaca, uma ova!
Cava, cava tua cova graúda
Que quando a vaca gritar: muuuuuda!
Já será tarde demais

domingo, 2 de agosto de 2015

Bate-papo sobre os Mapas na Rovelle


No dia 01/08, na Editora Rovelle, realizaram-se muitos sonhos! Apresentamos os Mapas Literários na presença ilustre do nosso querido Joel Rufino dos Santos, que também falou sobre o seu conto no livro, dando uma aula maravilhosa, como de costume!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Limeravia



Amanheci com vontade de limericar
Escrevi a esmo sem muito pensar
Veio a aldravia
Disse: - Bom dia!
Descobri que queria mesmo era aldraviar!

Diversificar
Ritmo
Rimas
Palavras
De
Versificar

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Fubaca na escola


... enquanto isso, no Sindicato da Criança Educação e Recreação Infantil ...

"Fubaca foi apresentado para a turma do Pré 2.
Como estão aprendendo a ler e escrever, ficaram super curiosos e manusearam o tablet para "folhearem" a história.Amaram!Tem palavras simples (consoante/vogal) que eles já conseguem ler!Pudemos trabalhar rimas, caça palavras, escrita espontânea...O trabalho foi muito rico!"

"Vimos que no RJ existem vários times de futebol e na turma temos torcedores dos principais times.Fubaca foi desenhado usando as camisas do Flamengo, Fluminense e Vasco.Trabalhamos psicomotricidade fina com tinta e cotonete para traçar linhas horizontais como no uniforme do Fubaca. E para relacionar com nossa escola, usamos as cores do simbolo dela (verde e roxo). Assim trabalhamos tb cores secundárias.
E por fim, usamos a camisa do uniforme do Fubaca para trabalhar escrita de palavras com sons das consoantes do nome dele."


Obrigada mil vezes, Fernanda Lento, pedagoga e professora na escola Sindicato da Criança, por levar os Livretos Coloridos para a sala de aula e parabéns pelo seu trabalho!!!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Poesia no Parque na FLIP e Mapas Literários na Off-FLIP das Letras


...e o roteiro em homenagem a Mário de Andrade, que escrevi em parceria com Beto Silva e Ninfa Parreiras, mais a colaboração dos 12 polos de bibliotecas comunitárias do Programa Prazer em Ler do Instituto C&A, segue para a FLIP! Apresentamos também os nossos Mapas Literários na Off-FLIP das Letras.

domingo, 21 de junho de 2015

Mapas Literários no 17º Salão FNLIJ


Nosso livro Mapas literários: o Rio em histórias teve seu primeiro lançamento no Salão FNLIJ do Livro Infantil, com a participação dos autores. Uma honra incrível conversar com as crianças ao lado de feras como Luiz Raul Machado e Nei Lopes!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mapas Literários: o Rio em histórias



Nem Ari, nem Raul. Seu nome era Aru. Um erro de grafia que lhe rendia achincalhe diário desde os tempos da escola. Seria exótico se não existisse no dicionário. Podia significar “leão” ou “ilustre combatente”. Mas Aru era “uma espécie de sapo”. 

Assim começa meu conto Furnarius Rufus. Uma homenagem a Braguinha e a Copacabana, cheia de humor e referências, que faz parte do livro Mapas Literários: o Rio em histórias, organizado por Ninfa Parreiras e publicado pela Editora Rovelle. Viva!!!

sábado, 13 de junho de 2015

Mário de Andrade: a inquietude do arlequim-curumim


Este mês, o Poesia no Parque homenageou Mário de Andrade e teve autógrafos da Luciana Sandroni. Um prato cheio! Assinei o roteiro junto com Beto Silva e Ninfa Parreiras. Com a colaboração dos 12 polos de bibliotecas comunitárias do Programa Prazer em Ler do Instituto C&A. Um prazer imenso fazer esse trabalho!

sábado, 16 de maio de 2015

Poesia no Parque e uma prévia dos Mapas na FLIST


Para o Poesia no Parque na FLIST deste ano, Miriam Ribeiro, Pepita Sampaio, Rachel Facó e eu preparamos um roteiro especial em homenagem ao Ferreira Gullar e ainda teve bate-papo sobre o livro Mapas Literários: o Rio em histórias. Está no forno, quase pronto. Nosso encontro foi regado a lembranças, abraços, sorrisos, cores e muita emoção!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Limerique da Saudade


A ausência do papai desarmoniza o ambiente 
Maroca arranja otite e eu fico doente 
Aos trancos e barrancos 
Mamãe de cabelos brancos 
Todos fazemos coro: papai, volta pra gente!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ao infinito e além!

Olá, amigos! Depois desse mês de férias, viajando e curtindo meu filhote, volto com minhas postagens, cheia de energia e otimismo! Este primeiro post dedico aos Livretos Coloridos, que só têm me dado alegria! Na imagem abaixo, alguns comentários sobre eles. O gráfico do total de downloads até hoje na loja do iBooks está marcando cerca de 96.900!



terça-feira, 19 de agosto de 2014

Olha o passarinho!



É preciso olhar de criança para ver, do mundo, toda a beleza. Felizes daqueles que resistem à miopia da adulteza!

Baixe gratuitamente na iBooks Store
(apenas para dispositivos Apple)

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Melhor tê-los


Na última segunda, voltando com a Maroca de um passeio matinal delicioso, em frente à clínica veterinária, vi um menino chorando. Menino de seus vinte e poucos anos. Talvez trinta. Não sei ao certo. O rosto estava um tanto escondido pelas mãos e os olhos vermelhos encaravam o céu. Seria um cachorro que o havia deixado? Um gato?

- Que dó... É por isso que eu não tenho bicho - disse uma moça que ia mais adiante, torcendo o pescoço e encompridando o olhar na direção do menino.

De coração apertado, observei a Maroca. Seguia rebolativa, cafungando muros e postes por onde passava. Não pude deixar de sorrir e discordar da moça. Parafraseando Vinicius: Bichos? Melhor não tê-los. Mas se não os temos, como sabê-los? Se doía tanto naquele menino a partida do seu animalzinho, era porque tinha valido muito a pena.  

terça-feira, 27 de maio de 2014

Eu e minha boca grande!


Sim, sou carioca. Não, não gosto de futebol. Por que isso parece tão contraditório para as pessoas? Ainda mais em épocas assim. Sim, a Copa está aí. Quero dizer, aqui. E eu? Não estou nem aí.

- De onde você é? Ah! Rio de Janeiro! Uhuuu! Animada pra Copa? Como não? - Isso é tão estranho que, às vezes, até eu me contradigo! Noutro dia minha professora de italiano, enquanto olhava meus Livretos Coloridos, disse: - É. Você diz que não gosta de futebol. Mas o Fubaca gosta! - Vai explicar um troço desse... Inspiração é coisa que a gente não controla.

No ano passado, numa caminhada com amigos, o papo era futebol, para minha alegria. Daí, um deles me provocou: - Um dia alguém ainda vai te fazer gostar de futebol! - Na defensiva, retruquei rápida e levei uma rasteira: - Pois sim! Está pra nascer essa pessoa!! - Mal terminei a frase e olhei para minha barriga que, redonda como uma bola, guardava um menino.


Foto: Arquivo pessoal

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Top charts!

Os Livretos Coloridos continuam todos entre os 100 TOP livros grátis para crianças na iBookstore! Que emoção! :) :)

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Uma semana

L ogo no início de abril
U m dia parte meu bem
I nsensível, a saudade 
Z omba de mim.

C astigo maior pra ele
L onge, tão longe daqui
A guenta firme, amor!
U ma semana apenas
D epois serão beijos
I ntensos abraços
O lhos nos olhos.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Castelo de areia


No mundo da lua
Eu vivo feliz
Cabeça de vento
Planta sem raiz
Ideias velozes
Ferozes, febris
Sem foco, eu me perco
Só que ninguém diz
Esforço dobrado
Teimosa aprendiz
Anseio alcançado
Nem que por um triz
Parece mentira
Tudo que já fiz
Nessa minha história
Escrita no giz.

domingo, 2 de março de 2014

Dia feliz


Lindo e lento o dia de ontem
Dormi pouco ou nem dormi
Não comemorei
Não dancei, não saí
No entanto, meus amigos,
Aniversário melhor nunca vi

Chorei lágrimas de alegria
Após noite de sentinela
Comecei bem o meu dia
Sem bolo nem vela
Com presente surpresa
E um largo sorriso banguela!

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Ano bom

Mais de 60.000 Livretos Coloridos baixados na iBookstore em 2013! 
Só tenho a agradecer! :D Que venha 2014! Feliz Ano Novo a todos!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Amor em gotas


Plic, plic...
Leite, lágrimas
Plic, plic...
Sal, leite, sangue
Nos seios
Plic, plic...
Pingos de dor
Lancinante
De lactante
Latejante
Contente
Cantante
De mãe

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Nasceu!!!

Reparem todos nesta monotipia
Matriz de minha autoria.

Sem modéstia e cheia de alegria,
Celebro o milagre deste dia!!!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

O sonho


Nas ideias da moça, teria menina
Outro palpite não lhe acenava
Papel principal, em seus textos, porém,
Era menino que ocupava.

Observação da professora
Misto de sensibilidade e sutileza
Interrogação mais que bem-vinda
Deu um fim a toda aquela certeza.

Em conversa de intuição, dispersa,
A moça repetia a intenção antiga
Mas resposta imprecisa não satisfaz
Curiosidade de melhor amiga.

A observação da professora veio à tona
E, tomada por um entusiasmo de arrepiar,
Disse, a amiga, que havia sonhado
Com o menino que estava para chegar!

Trazia-o pela mão a bisa paterna,
Revelando que a moça já percebia
A presença do filho tão desejado
Nas histórias que escrevia.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Baleia

Poema inspirado no conto Baleia de Graciliano Ramos


Na pior noite da vida nossa
O Pai encarnou o Capeta
Um aperreio, uma aflição
Duas olheiras violeta
Quando notamos sua intenção
A coisa já estava preta.

A Baleia corria perigo
Mas como podia ser?
Era pessoa da família
Por que havia de morrer?
Já nos dera tanta alegria
Tinha direito de adoecer!

Pra camarinha fomos rebocados
Pela Mãe, de coração pesado
Queria nos poupar do sofrimento
De assistir a crueza ali do lado
Ela aceitara a decisão do Pai
Mas partilhava nosso grito chorado:

Vão bulir com a Baleia?
Ora, faça isso não!
Coitadinha da Baleia!
Um 'cadim' de compaixão!
Pobre da cachorra Baleia!
Sacrifício não é solução!

Apesar de nossos protestos
O Pai atirou nos quartos da bicha
Que fugiu lá pros juazeiros
Se arrastando feito lagartixa
Não satisfeito, ele 'inda foi atrás
Pra acabar de vez com a rixa.

Nunca mais vimos Baleia
Nem falamos sobre ela
Pois o Pai, depois daquilo
Virou poço de querelas
É, de nós, quem mais padece
Com saudade da cadela.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

51.517!!!

Estou que nem mãe boba. Coruja mesmo. Não bastasse a felicidade de estar gerando meu menino tão esperado, meus filhos digitais têm me dado o maior orgulho na iBookstore: mais de 50.000 downloads e bem avaliados. Sabe aquela expressão "andando nas nuvens"? ;)
http://peralvaperalta.blogspot.com.br/search/label/Livretos%20Coloridos

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Presente da Ninfa

Registro da nossa leitura/cantoria no Parque das Ruínas. Uma manhã linda de sol, com muita poesia e amigos maravilhosos. Vida longa ao Poesia no Parque!

Foto: Ninfa Parreiras

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Odete e Osmar



Sabe duas pessoas completamente diferentes? Odete e Osmar não têm nada em comum e, por isso mesmo, não se desgrudam!

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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Feitiço Maroquino pra fazer sorriso

Esferas negras, bolas de gude
Espelhos convexos, reflexos
Jaboticabas de vem-me-ver
Olhos saltados, arregalados
Expressão de não-sei-quê
Cabeça tombante
Esquerda, direita
Touchè!