quarta-feira, 18 de julho de 2018


FLIP 2018, lá vou eu! Dia 27, sexta-feira vou participar de um bate-papo na Casa do Desejo - Literaturas que desejamos. Fica na Rua Fresca, 277, Centro Histórico, Paraty.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Quém quém


Visão, audição, olfato
Paladar e quem falta? O pato!
Virou um sentido
O intrometido
Velho conhecido com encaixe exato!

Luciana e Guilherme Peralva

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Salão FNLIJ 2018


Encontro lindo de artistas queridos no Salão FNLIJ! Tarde de trocas maravilhosas! Viva a LIJ!
Foto da poderosa Soraya Pamplona.

sábado, 16 de junho de 2018

Festa junina


Chapéu, cavanhaque, bigode, gravata
Mãos dadas aos pares e pose gaiata
Ele olha de banda
E dança ciranda
Arrasa na roda meu nobre pirata

terça-feira, 8 de maio de 2018

Para desembaçar


O líquido-edificador sacode e mistura tudo
Entrou no redemoinho, ele pica bem miúdo
Quem erra o passo
Fica sem baço
Volta o viço da infância e o rosto bochechudo 

Luciana e Guilherme Peralva

sábado, 14 de abril de 2018

Conversa ilustrada na FLIST


Hoje a tarde foi animada! Juntamos meus Livretos Coloridos com o Engolidor de espelhos, Aquarela e Livroeiro da querida Pepita Sampaio! Um bate-papo delicioso na Livraria Largo das Letras durante programação paralela da FLIST.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Epifania



Sapato, sem par ou pudor,
procurava por uma poça pra pisotear

Parou, reticente, rente à relva reluzente
recém regada e enrubesceu

Resistiu extasiado ao experimentar a eclosão
do embrião de uma embriaguez emocional

Em vez de destruir, debutou, num devir
uma dança débil diante da dádiva

Durante o adágio, agarrou, afanou, afagou
e se afogou: amou do âmago da alma

Animou-se passivo e apaixonado ao pensar
no seu potente par a penetrá-lo

Mais que pisotear, percebeu que precisava ele
do pisão bem dado de um pé pesado

Improvisou na imaginação, inventou imagens incríveis,
idealizando a introdução do intruso em si

Que oba-oba, olê-olá, onda oblíqua, obra profícua,
oásis ao som do oboé! Ó, oco obscuro!

Ode ao pé!
Sapato omófago
Fome
Fogo novo
Pôs um ovo!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Qual é a letra?


Disfarce em lycra com capa de nylon
Spray no cabelo, nos pés um pompom
Layout chinfrim
Imune ao bullying
Lá vem nosso herói: poderoso "Íspilon"!

Luciana e Guilherme Peralva

domingo, 7 de janeiro de 2018

Feliz 2018!


Começou diferente mesmo, o 2018. Com cheiro de mudança, muita reflexão e uma pitada de tristeza. Mas o nosso primeiro sarau Poesia no Parque do ano foi encorajador e super livre. Cada um leu o que achou que devia, de poetas consagrados ou não, poemas autorais, pessoas novas se apresentaram, gente de dentro e de fora (do grupo e do país!).

Escolhi ler dois poemas meus e o haicai abaixo, do Guilherme de Almeida:

O pensamento 

O ar. A folha. A fuga.
No lago, um círculo vago.
No rosto, uma ruga.

Guilherme de Almeida

Feliz 2018. Obrigada, família literária. Obrigada, literatura. Obrigada, Poesia no Parque!

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Confraternização da AEILIJ


Amigo oculto dos irmãos da Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil - AEILIJ.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Poesia no Castelo: lançamento do Conta-contos


Dia 02/12 foi dia de lançamento no Poesia no Castelo. O sarau, com roteiro de Ninfa Parreiras, intitulado Conta-gotas de brinquedos, encerrou-se com apresentação e autógrafos do livro Conta-contos, feito em parceria da Cartonera Carioca com a editora Quase Oito. A reação das pessoas que o manuseavam foi incrível e o que mais se ouvia era "Que mimo!" Conta-contos tem costura artesanal e um acabamento que remete às ilustrações do livro. Nas orelhas, um jogo de memória e, no miolo, brinquedos e brincadeiras em doces minicontos. 

Organização de Ninfa Parreiras, ilustrações de Agostinho Ornellas, programação visual de Luciana Peralva, produção e acabamento de Miriam Ribeiro, Patricia Capella e Tatiana Kauss, com a participação especialíssima de Maria Izabel Cetto na costura. 

Os dezesseis autores: Agostinho Ornellas, Andréa Apa, Andrea Taubman, Antonella Catinari, Ismar Barbosa, Juliana Borel, Luciana Peralva, Marcela Fernandez, Martha Gomes, Miriam Ribeiro, Patricia Capella, Pepita Sampaio, Sol Mendonça, Tânia Barroso, Tatiana Kauss e Vera Bastos.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Mapas Literários na Escola Modelar Cambaúba


Hoje, na Escola Modelar Cambaúba, na Ilha do Governador, fomos presenteadas com uma manhã de leituras e afetos. Juliana Borel, Marcela Fernandez, Miriam Ribeiro, Pepita Sampaio e eu, além, é claro, da nossa querida Vera Bastos, que nos fez o convite, falamos um pouco de nós e da nossa antologia Mapas Literários: o Rio em histórias para as turmas do sétimo ano da escola, que fizeram um trabalho lindo acerca dos contos do livro. Os alunos deram um show de criatividade e nos emocionaram com flores, cartas e muita poesia. Obrigada, Verinha, por promover esse encontro maravilhoso com seus alunos (eles são demais!) e sigamos juntas! Viva a literatura! 

sábado, 21 de outubro de 2017

Carta à memória


Caríssima memória,

Escrevo para registrar meu apreço por você. Acredito que já tenha ciência disso, mas não custa frisar. Desde cedo, cresce em mim o medo de, um dia, perdê-la. Deixar de ser quem sou. Pior que morrer é viver sem lembrar.

Encontrei, noutro dia, entre guardados inúteis de fundo de gaveta, aquela cassete Basf, que uma vez me trouxe lembranças de um tempo que não vivi.

Era um encontro de família. Meu pai ao piano. Sua voz se misturava às de minhas tias, tios e... à minha. Uma cena usual, não fosse a plena certeza que eu tinha de jamais ter cantado aquela canção na vida. Marchinha de carnaval, falava de boias-frias bebendo para esquecer, seus sonhos de bife a cavalo com batata frita e, de sobremesa, goiabada cascão. Com muito queijo. Como eu podia ter apagado tudo aquilo?

A música era O Rancho da Goiabada, do João Bosco e do Aldir Blanc, que logo se emendou em João e Maria, do Chico. Minha voz cantava sem mim. Seria possível? Foi quando, na gravação, ouvi um choro de bebê, seguido da voz de meu pai: – Espera um pouquinho, Luciana. – Vrrrvvrrdfgtgghhhhhvrrr. Rebobinei a fita. – Espera um pouquinho, Luciana. – Ouvi tudo de novo. E de novo. Chorei e ri muito, agarrando-me a você e agradecendo por permanecer comigo. A voz que pensei ser a minha era de minha mãe, com a minha idade atual. Um susto. Peça pregada por uma lembrança alheia.

Devia haver maneira de costurá-la nas ideias. Leonard, no filme Amnésia, de Christopher Nolan, tatuava o próprio corpo com pistas sobre si mesmo. Gosto da estratégia. A tatuagem gruda na gente e não sai mais. Fiz minha primeira tatuagem com quase 40 anos.

Funes, o memorioso, de Borges, à primeira vista me pareceu o retrato da perfeição. Até o mesmo conto desconstruir essa impressão, provando por A+B as limitações de ser uma enciclopédia ambulante.

Uma pessoa enlouquece por total esquecimento ou por não saber articular memórias demais. Fico com a segunda opção, caso possa escolher. Simpatizo com o ditado “o que abunda não atrapalha” e me desce um tanto quadrado o tal “antes só do que mal acompanhada”.

Aquela cassete Basf não toca mais. O toca-fita tornou-se artigo raro. Assim como ouvir meu pai ao piano. Nem tudo se resolve com tatuagem. Até quando guardarei comigo a gargalhada contagiante do meu irmão caçula? E o cheiro de aconchego da minha avó?

Estou me estendendo demais. Queria apenas dizer que te amo e que não sei viver sem você. Às vezes te sinto distante, volátil, fulgaz. Isso me paralisa. Não me deixe só.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Ainda sobre o 19º Salão FNLIJ


O Notícias 08 da FNLIJ faz um belo levantamento dos acontecimentos no 19º Salão FNLIJ. Leitura recomendadíssima!

Segue abaixo um recorte sobre a entrega do prêmio do Concurso FNLIJ Era uma vez... uma proposta de leitura compartilhada: 

Elizabeth Serra apresentou a premiação do Concurso FNLIJ Era uma vez... uma proposta de leitura compartilhada do DILI – Dia Internacional do Livro Infantil IBBY de 2016, quando a FNLIJ foi a patrocinadora da mensagem. As vencedoras Jenny Iglesias Polydoro Fernandez da categoria relato real e Luciana Monteiro Peralva, da categoria relato ficcional, ambas do Rio de Janeiro, estiveram presentes para receberem seus certificados com presença de seus familiares. Em suas falas, contaram seus comprometimentos com a causa da literatura e sobre os textos apresentados. A emoção das ganhadoras, expressando a importância da premiação, é o maior e melhor retorno para a FNLIJ continuar com os reconhecimentos daqueles que fazem no seu dia-a-dia a diferença para o futuro de crianças. Os textos vencedores foram publicados no Notícias 12 de 2016, disponível em PDF no site www.fnlij.org.br.

quarta-feira, 23 de agosto de 2017


Sábado, dia 26 de agosto, 10h30, tem o sarau Poesia no Castelo (CEAT).
Poemas de Mário de Andrade. Roteiro que escrevi em parceria com Beto Silva e Ninfa Parreiras. Teremos participação especial do ilustrador Ivan Zigg que vai autografar seus livros!
#saraudepoesia
#poesianocastelo
#ceat2017

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Rosa?


Improviso com a palavra "rosa". Deixei num caderninho na exposição Poesia Agora na Caixa Cultural. Está um barato e vai só até 05/08! #poesiaagora

domingo, 25 de junho de 2017

Lançamento de "Histórias no Prato"!


II antologia de contos de escritores e ilustradores da AEILIJ: A segunda antologia da AEILIJ traz contos saborosos, acompanhados das receitas que marcaram as vidas dos autores. Separe a louça de festa e tenha guardanapos à mão. A boca vai aguar. Organização: Cristina Villaça Diagramação e projeto gráfico: Varal Editorial (Patrícia Melo e Fabio Maciel) Revisão: Flávia Côrtes Capa: Marilia Pirillo Editor: Alexandre de Castro Gomes

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Premiação na cerimônia de abertura do 19º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens


Gratidão. Pelas coincidências da vida. Vencer o Concurso FNLIJ Era uma vez... Uma proposta de leitura compartilhada significa tanto! Primeiro porque começar a carreira com um prêmio da FNLIJ é um baita estímulo! Mas a mensagem do Dia Internacional do Livro Infantil 2016... Nossa! Coincidências. Criada pela Luciana Sandroni, a quem tanto admiro e sou fã declarada. 

Escrevi Natureza de coelho durante minhas férias do ano passado. Relaxada e com tempo pra fazer nada junto do meu filho e do meu marido, degustei Ludi e os fantasmas da Biblioteca Nacional. Até então, não tinha lido a mensagem da minha xará para o Dia Internacional do Livro Infantil. Já havia me encantado com a ilustração do Ziraldo, paixão desde a minha infância. O Pai oferecendo o livro ao filho. Presente do criador à criatura. Eu estava ciente do concurso e tinha a ilustra na cabeça. 

Depois que me diverti lendo a aventura da Ludi na BN, entrei num transe gostoso e comecei a escrever. Das ideias, brotaram coelhos. O da Alice e o da Clarice. O mistério do coelho pensante foi meu norte. Ah, Clarice Lispector! Gratidão mais uma vez. Coloquei um ponto final no meu relato ficcional ainda nas férias. Estava contente, mas não satisfeita. Faltava algo pra amarrar. 

Quando voltei pra casa, fui correndo ler o regulamento do concurso da FNLIJ. Faltava pouco tempo para terminar o prazo das inscrições. A princípio, pensei: já era! Eu tinha que ter lido a mensagem da Luciana Sandroni antes de escrever o texto! Agora não dá mais. Já era. Não vou participar, pensei. E então li a mensagem. Era uma vez... Era uma vez as pontas soltas do meu relato! Tudo se encaixou! Foi emocionante. Coincidências. Ainda morro disso! 

Obrigada, FNLIJ, Luciana, Clarice e Ziraldo, por essa experiência incrível!
Obrigada, minha família literária querida, meus amigos-irmãos de escrita e caminhada.
Obrigada, Estação das Letras, por ser o nosso ninho.
Obrigada, Ninfa Parreiras, mestra-amiga, por alimentar e materializar nossos sonhos.
Obrigada, Luiz, meu amor e companheiro de vida toda, pela paciência e parceria.
E, claro, obrigada Guilherme, meu filho, leitor e contador de histórias, orgulho e inspiração. 


Obrigada a todos.

Leia Natureza de Coelho na página 4 do Jornal Notícias Dezembro de 2016 da FNLIJ! :D

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Crônica de um resgate


“A escrita salva”, anotou a poeta no canto da página do livro. Falava Marguerite Duras sobre a solidão dos que escrevem e encontram, no próprio vício, a redenção. Do fundo do buraco, avistam a mão estendida. A mesma que espanca, afaga, cutuca e faz cócegas. Carma. Grata maldição, a escrita. Caminho sinuoso, de grandes obstáculos, sem atalhos e sem volta.
Desde criança escrevi. Amante das aulas de Português e Redação, escrevia para a escola e para ninguém. Fiz uma vez um diário na agenda – aquelas que ficavam difíceis de fechar no final do ano de tantas fotos, ingressos, papéis de bala e bombom anexados às páginas – mas nunca tive disciplina suficiente para manter uma regularidade. Escrevia em especial nos momentos de angústia. Encontrei a tal agenda entre meus guardados noutro dia: 1992, para mim, o ano das primeiras paqueras, dos primeiros namorados e dos piores professores (até então). A agenda, portanto, foi um necessário improviso.
Nos anos seguintes, corri atrás da minha formação e do meu enquadramento nos moldes da nossa sociedade. Pouco escrevi além dos textos para a escola e os concursos para escolas técnicas. Sim, também curtia cálculos. Formei-me em Eletrônica (mas não me peça para consertar sua televisão porque não me lembro de mais nada). Talvez, por essa afinidade, eu tenha escolhido o Design como carreira. Aos meus olhos, a mistura de arte com números parecia interessante. Ou então, essa é a forma como eu gosto de pensar, já que quando eu disse que queria fazer Belas Artes, minha mãe foi contra, alegando que eu passaria fome.
Acontece que, nas raras ocasiões em que escrevi nesse tempo, meus textos ganhavam boas notas. Um deles chegou a ser lido em voz alta para turma pelo professor. Quase me enfiei debaixo da mesa com a timidez que me esquentava o rosto. Ah! Essa fraqueza que me furta as palavras no tête-à-tête, mas me dá uma força imensa para escrever. Para guardar ou jogar no ventilador.
Durante a faculdade houve um episódio em que fui humilhada diante da turma por um professor que se incomodou com um trabalho que eu pretendia fazer sobre as artistas plásticas no Brasil do século XX. Só mulheres. Impiedoso, ele discursou por quase meia hora sobre a fragilidade do meu recorte e me fez chorar. No entanto, na aula seguinte, fui munida de um belo texto de defesa do meu tema. Recebi palmas e um pedido de desculpas.
Escrever, sobretudo para os tímidos, é essencial. É a via por onde conseguimos deixar o pensamento fluir, organizando as ideias. Dói, devasta, mas cura também. Voltei a escrever mais regularmente depois que me estabilizei financeiramente e pude prestar atenção em mim. Estava enquadrada: casada e empregada. Era chegada a hora de me resgatar. Quem era eu? Aquela ou outra esquecida lá em 1992? Não sabia mais. Na minha busca por mim mesma, encontrei o vazio.
“A escrita salva”, anotou a poeta no canto da página do livro. A poeta que iniciou o processo do meu resgate. Imersa na escrita, orientada por ela, notei que não suportaria tanto desvendar sem um acompanhamento psicológico. Tentei diversas terapias, mas sentia falta de ar na superfície. Foi então que apareceu minha segunda salvadora: Clarice Lispector. Foram suas palavras, num de seus livros de contos, que me fizeram enxergar que eu precisava de um mergulho. Bem fundo. Descobri a Psicanálise, baita aliada para um escritor. Paixão à primeira vista, mergulhei. Salve Clarice. Salve Ninfa Parreiras, a poeta a quem, por duas vezes, refiro-me neste texto, e que, por coincidência ou não, também é psicanalista.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Performance de ilustração na FLIST


Divertidíssimo!!! Se tivesse tempo, certamente eu teria desenhado muuuito mais com essa galerinha super interessada. Adorei.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Suada finesse



Padecia de sudorese severa. Uma disfunção que fazia Percevânia penar, desde seus primeiros anos na escola, com a zombaria dos colegas e os apelidos que colecionava. Seu sobrenome, Quevejo, ajudou na criação de um deles em especial. Aquele que carregou até se tornar adulta e lhe deu a inspiração de que precisava para sua grande reviravolta: Percevejo. Viveu anos de úmida agonia sem se dar conta de que nela dormia seu trunfo.

De tanto ser comparada a um inseto que conhecia apenas pelo que diziam os leigos, a moça iniciou um estudo aprofundado sobre um xará seu: o Nezara Viridula ou, para os íntimos, Maria-fedida. A cada descoberta, identificava-se um pouco mais. Lia teses extensas sobre o inseto com tamanho gozo que mais parecia estar num transe de autoconhecimento. Incorporou aos poucos alguns comportamentos do bicho e passou a criá-lo para entendê-lo melhor. Observou, alimentou, amou, dissecou as criaturas. Percebeu o poder da substância que expeliam. Aprendeu a manipulá-la. Apaixonou-se e fez da depuração daquele cheiro sua razão de viver.

Numa reflexão sobre odores e fedores, recorreu à analogia para concluir que, em vez de asco, o cheiro de percevejos poderia causar atração. Não há quem diga que cecê excita? Entre fragrância e futum, um fio tênue. Em seu divagar, Percevejo suava. Muito. Essência, perfume. Sentia a epifania à espreita.

Por sua afinidade com experimentos, formou-se em Química. Trabalhava no laboratório durante o horário de expediente e em casa, à noite, com seus exóticos bichinhos de estimação. Em pouco tempo, estava no topo de uma grife importante. Passou a frequentar ambientes de luxo e consumir produtos finos.

– Aceita um café, madame?

Naquela bebida estava a resposta. Quando soube que o grão do café que estava prestes a degustar, um dos mais caros do mundo, era colhido das fezes de elefantes, tudo clareou. Que delícia: amargor atenuado, aroma floral, sabor com notas de chocolate ao leite, nozes e frutas vermelhas. Eureka! Que mal haveria em borrifar umas gotas de essência de percevejo no cangote se já ingerimos algo que saiu do fiofó do elefante?

Do encontro com a bebida reveladora até o dia seguinte na empresa, Percevejo nada fez além de redigir o projeto da sua vida. Sua essência. Apresentou a todos que estavam dispostos a ouvir. Recebeu ofertas, aplausos.

Hoje a Perce V. é a grife líder mundial em perfumaria por suas fragrâncias inovadoras. Sua falecida fundadora não concedia entrevistas e muito se especulou sobre ela. Após a morte, em sua casa, completamente tomada de percevejos, foram encontrados arquivos valiosíssimos que mostram, em curiosos detalhes, o processo de depuração do perfume mais caro do planeta.

quarta-feira, 15 de março de 2017

Caça às personagens


Voava baixo e em silêncio o vulto na noite de Santa Salém. Esgueirando-se pelas ruelas empoçadas, agarrada a um embrulho, Eulália dirigia-se determinada à casa dos Boaventura. Gente de posses, dada à caridade. Não se negariam a abraçar e assumir o que para ela, naquele momento, não passava de um estorvo. Teria então a chance de parar de viver no erro e redimir-se. Deitou, com cuidado, o pacote no capacho da família abastada, olhando-o nos olhos. Scriptum est, disse o bebê. Hein? Eulália quase arremessou a criança ao ouvir aquelas palavras que, pronunciadas por um recém-nascido, pareciam coisa do demo. Tinham mesmo sido ditas? Seus olhos pregaram-lhe uma peça? Os ouvidos? Resolveu desaparecer antes que o delírio voltasse a atormentá-la. Véu na cabeça, terço na mão, estrada no pé. Partiu sem titubear, farta de fantasias.

De dia era Maria, de noite, João. Num dia era polícia, no outro, ladrão. Como Amélia nunca descobriu sua identidade, concluiu que podia ser qualquer um. Ativista, pacifista, vigarista, artista. Ajudava na igreja, fazia bico no cabaré. Acreditava em cada papel com a mesma certeza. Clandestina de nascença, exercia todos os ofícios. Especialista em generalidades e invencionices. Esse jeito múltiplo-transitório de se encarar era o único que conhecia e incomodava muita gente. Costumava ser alvo de piadas e vaias dia após dia. Seus vizinhos só lhe concediam uma trégua no carnaval, quando pareciam se comportar como ela. Encarnavam personagens, fantasiavam-se, davam férias aos preconceitos. Nesses dias, porém, Amélia preferia a reclusão.

Depois da morte do último Boaventura legítimo, que se afogou nas dívidas, Santa Salém perdeu o que lhe restava do respeito por Amélia. Com abordagens cada vez mais hostis, os vizinhos tentaram de tudo para tirá-la de circulação. A moça passou a ser considerada altamente prejudicial aos bons costumes da cidade e se tornou questão de ordem pública. Policiais armados cercaram sua casa. Trouxeram uma representante da igreja para tentar convertê-la. Missão para Madre Eulália, da paróquia de Santo Paoco, que veio voando em seu hábito negro e invadiu a casa com violência.

Não se sabe o que houve lá dentro, mas em três dias um misterioso incêndio lambeu toda a construção. Quase fundidos num abraço, os corpos foram encontrados: a bruxa e a freira. Sentenciadas à mesma fogueira. Scriptum est.

domingo, 15 de janeiro de 2017

Começando o ano com Gullar


Em nosso primeiro sarau do ano, homenageamos o saudoso poeta Ferreira Gullar. Miriam Ribeiro, Pepita Sampaio, Rachel Facó e eu adaptamos nosso roteiro já apresentado na FLIST de 2015. Uma linda manhã, com a presença da Anna Claudia Ramos, a quem eu tanto queria conhecer pessoalmente. Viva Poesia no Parque! Feliz 2017!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Era uma vez... vitória!


Muito, muito, muito feliz!! A ficha ainda está caindo, mas está lá, estampado no jornal Notícias 12 da FNLIJ: venci o concurso "Era uma vez... Uma Proposta de Leitura Compartilhada", na categoria Relato Ficcional com o texto "Natureza de Coelho". Quem quiser ler e comentar, é só baixar o jornal pelo link http://www.fnlij.org.br/site/jornal-noticias/item/802-dezembro-de-2016.html. Um baita presente de Natal! Ho ho ho ho!!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Um lançamento especial na Estação


No dia 29/10, sábado, às 15h, faremos um novo lançamento de nosso livro Miudezas. Desta vez, na nossa casa: a Estação das Letras!

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Miudezas subirão a serra!


Miudezas, do Selo Cartonera Carioca, será apresentado na FLICEPE (Miguel Pereira), dia 17 setembro, às 14h. A programação está um barato!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Um até breve...


Foram poucas aulas, mas... que aulas! Não pude continuar por conta de uma necessária mudança de rotina. Faltou tempo: problema da moda. Mas hei de voltar um dia. Nem que seja só pra trocar ideias com Mestre Bandeira ou ouvi-lo recitar Pessoa: "Vem, noite antiquíssima e idêntica..."

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Todo ouvidos!


Numa bela manhã de julho, levanto da cama guiada por mãozinhas convictas. Sentindo o ar frio do inverno, titubeio. – Vem, mamãe, vem! – O tom infalível atropela minha preguiça. Seguimos os dois para seu quarto. Lá ele se ocupa com brinquedos, independente de mim. Empurra, amassa, embaralha, encaixa, cria. Espírito absorvido. – Guilherme? – Inútil chamar. Tudo que consigo é um olhar abotoado por fração de segundo. Insinuo um movimento. – Não, mamãe, fica? – Ah, eu fico! Pego um livro na sua estante e começo uma leitura em voz alta.

Numa bela manhã de setembro, a velhinha levanta-se da cama, cafunga e... Nada. Continuo contando canários amarelos, gansos brancos, galinhas pintadas, gatos pretos, porcos barrigudos e vaca marrom. No meio da bicharada, ele para de brincar e me dá as costas. Sinto-me música de elevador. Pelo menos a colheita dos velhinhos é boa. Viro a página.

Numa bela manhã de março... Continuo? Sim. Agora eu quero saber o fim da história! Puxa daqui, estica dali, força de lá, mas Guilherme não se mexe. Vêm os velhinhos, a vaca marrom, os porcos barrigudos, os gatos pretos, as galinhas pintadas, os gansos brancos, os canários amarelos e vai embora meu fôlego. Ainda assim, não se mexe! A velhinha traz o rato e chego às últimas páginas.

POP! O nabo gigante sai do buraco. – Viva o ratinhooooo!!! – O grito de Guilherme me derruba da cadeira. Bichos, velhinhos, o livro e meu menino, todos em cima de mim. Caímos em deliciosa gargalhada. – “Quelo” mais! – Como não? Recomeço, releio. Repito diversas vezes, recompensada por ter abandonado tão cedo meu edredom para partilhar leitura, mesmo sem me dar conta disso.

sábado, 16 de julho de 2016

Lançamento do Miudezas no Poesia no Parque



Passeando por Ouro Preto e Mariana. Do Soneto à Aldravia. Sem pressa, em versos. Poesia no Parque com roteiro de Ninfa Parreiras e lançamento do Miudezas com a presença dos treze autores. 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Modelo vivo com o mestre Bandeira de Mello

Achei que não conseguiria passar pela prova inicial. Quando me vi diante do grande mestre, suei frio. Era mesmo verdade? Quando ele me disse: - Ok, não tá ruim, não. Você tem jeito (como quem diz: tem conserto), vibrei de alegria! Mestre Bandeira de Mello é uma figura rara, artista com sensibilidade, conhecimento e técnica pra dar e vender. Um ser humano encantador.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Miudezas saindo do forno direto pra FLIST


Publicar em tempos sombrios foi o tema de um dos bate-papos que rolaram na FLIST. A Cartonera Carioca, que participou dessa conversa, é um selo editorial que realiza publicações literárias artesanais, sem fins lucrativos. Publica, somente, textos literários, desenvolvidos em oficinas e cursos de criação literária, coordenados pela curadora Ninfa Parreiras. Uma ação entre amigos, vinculados à Poesia no Parque / Poesia no Castelo e à Estação das Letras. Miudezas, nosso primeiro livro, é composto de aldravias de treze autores.

sábado, 9 de abril de 2016

Encontro com Jovens Leitores


No dia 07/04 participei, como escritora e ilustradora, do Encontro com Jovens Leitores junto com a escritora Luisa Benevides, na Biblioteca Popular Municipal de Jacarepaguá. Emoção indescritível. Só tenho a agradecer. À encantadora biblioteca, à animadíssima professora Ana Paula e seus alunos, que deram um show à parte, com olhares, sorrisos e falas cativantes, e, claro, às amigas Luisa, Miriam Ribeiro e Ninfa Parreiras por todo empenho nesse lindo projeto. Foi realmente um prazer! Muito obrigada.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Desafio microcontos: cem toques


Ao perceber que dava passos que não eram seus,
o fantoche parou para, enfim, decidir que rumo tomar. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Mapas Literários rumo a Bolonha!


Conquista! Mapas Literários: o Rio em histórias foi selecionado para compor o Catálogo FNLIJ para a Feira de Bolonha! Felicidade que não cabe no peito!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Conversa com o Autor


No dia 26/10, Rachel Facó e eu participamos da gravação do programa "Conversa com o Autor", mediado por Katy Navarro, na Casa de Leitura, em Laranjeiras. A entrevista foi ao ar no sábado, 28, na Radio MEC AM 800kHz e já está disponível no site da rádio. É só clicar e escutar! ;)

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Efeito Éole


Sobre o vilarejo de Sotavento estacionou uma nuvem há vinte anos. Desde então, chove sem cessar por ali. No lugar da praça fez-se lagoa. Começou com a chegada de uma frente fria com sotaque francês. Esmeralda tinha olhos de mar e madeixas de calmaria que, no primeiro contato com Éole, encheram-se de ondas ferozes. A cabeça virou-se em ressaca pelos cálidos sopros do forasteiro. No entanto, quando ele partiu sem aviso e o marasmo de antes voltou, Esmeralda já tinha vício pela ventania. De quentura e saudade, ela chorou. Foi a última vez que se viram moça e praça. Dali em diante, só nuvem, lagoa e um calor dos infernos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pães de Açúcar


Bom dia! Olá, como vai?  Bom dia! Oi! Tudo bem? Tudo azul. Onde quer que eu olhe. Pela manhã, as ruas de Laranjeiras se enchem de crianças a caminho da escola. Umas a pé, outras de carrinho, algumas na cadeirinha da bicicleta. Alguém disse certa vez que começar o dia topando com uma criança é bom sinal. Que dirá com várias?! Mas o que tem me deixado enternecida é perceber quem as acompanha. As vozes que me cumprimentam são graves e o tamanho dos sorrisos denuncia o orgulho de ser pai.

Foi noutro dia que me dei conta disso. Encontro muito mais pais do que mães quando deixo meu filho na escola. Constatação sem o menor tom de crítica. Gosto de ver o jeito com que eles lidam com a situação. Têm uma delicadeza arbitrária, diferente daquela que se espera das mães. No meu trajeto, o trecho da Paissandu é o mais fértil.

Rua de palmeiras imperiais que liga Laranjeiras à Praia do Flamengo, a tradicional Paissandu tem um nome de origem controversa. Das versões que li, nenhuma me parece tão interessante quanto a que ouvi da boca de um menino. Vinha no colo do pai, que andava a passos largos, quase correndo, com a bolsa tiracolo entupida e entreaberta. Uma toalha ameaçava cair. Sem outro meio de ajudar, o pequeno anunciava: pai passandu, pai passandu, paissandu, paissanduuuu!!! Definitivamente, Paissandu é rua de pais passando. Dei licença.

A proliferação de “pães” tem atingido níveis surpreendentes no Rio de Janeiro. Doce perspectiva. Que os índices permaneçam em alta! Por isso, quando percebo o tamanho da paixão do meu filho pelo pai, engulo a seco o ciúme que tenta se achegar. É preciso dar licença aos Pães de Açúcar.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Vaqueria


Enquanto a vaca não vai pro brejo
Avacalhas avisos, sortilégios
Sopros no vento
Lamento

Enquanto a vaca não voa
Permaneces à toa
Canoa furada
Nada

Enquanto a vaca não tosse
Espirra pra que te coces
A pulga na orelha
Aconselha

Enquanto a vaca não pia  
Voltemos à vaca fria
Três, dois, um
Bum!

Vaca, vaca, uma ova!
Cava, cava tua cova graúda
Que quando a vaca gritar: muuuuuda!
Já será tarde demais

domingo, 2 de agosto de 2015

Bate-papo sobre os Mapas na Rovelle


No dia 01/08, na Editora Rovelle, realizaram-se muitos sonhos! Apresentamos os Mapas Literários na presença ilustre do nosso querido Joel Rufino dos Santos, que também falou sobre o seu conto no livro, dando uma aula maravilhosa, como de costume!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Limeravia



Amanheci com vontade de limericar
Escrevi a esmo sem muito pensar
Veio a aldravia
Disse: - Bom dia!
Descobri que queria mesmo era aldraviar!

Diversificar
Ritmo
Rimas
Palavras
De
Versificar

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Fubaca na escola


... enquanto isso, no Sindicato da Criança Educação e Recreação Infantil ...

"Fubaca foi apresentado para a turma do Pré 2.
Como estão aprendendo a ler e escrever, ficaram super curiosos e manusearam o tablet para "folhearem" a história.Amaram!Tem palavras simples (consoante/vogal) que eles já conseguem ler!Pudemos trabalhar rimas, caça palavras, escrita espontânea...O trabalho foi muito rico!"

"Vimos que no RJ existem vários times de futebol e na turma temos torcedores dos principais times.Fubaca foi desenhado usando as camisas do Flamengo, Fluminense e Vasco.Trabalhamos psicomotricidade fina com tinta e cotonete para traçar linhas horizontais como no uniforme do Fubaca. E para relacionar com nossa escola, usamos as cores do simbolo dela (verde e roxo). Assim trabalhamos tb cores secundárias.
E por fim, usamos a camisa do uniforme do Fubaca para trabalhar escrita de palavras com sons das consoantes do nome dele."


Obrigada mil vezes, Fernanda Lento, pedagoga e professora na escola Sindicato da Criança, por levar os Livretos Coloridos para a sala de aula e parabéns pelo seu trabalho!!!

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Poesia no Parque na FLIP e Mapas Literários na Off-FLIP das Letras


...e o roteiro em homenagem a Mário de Andrade, que escrevi em parceria com Beto Silva e Ninfa Parreiras, mais a colaboração dos 12 polos de bibliotecas comunitárias do Programa Prazer em Ler do Instituto C&A, segue para a FLIP! Apresentamos também os nossos Mapas Literários na Off-FLIP das Letras.

domingo, 21 de junho de 2015

Mapas Literários no 17º Salão FNLIJ


Nosso livro Mapas literários: o Rio em histórias teve seu primeiro lançamento no Salão FNLIJ do Livro Infantil, com a participação dos autores. Uma honra incrível conversar com as crianças ao lado de feras como Luiz Raul Machado e Nei Lopes!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Mapas Literários: o Rio em histórias



Nem Ari, nem Raul. Seu nome era Aru. Um erro de grafia que lhe rendia achincalhe diário desde os tempos da escola. Seria exótico se não existisse no dicionário. Podia significar “leão” ou “ilustre combatente”. Mas Aru era “uma espécie de sapo”. 

Assim começa meu conto Furnarius Rufus. Uma homenagem a Braguinha e a Copacabana, cheia de humor e referências, que faz parte do livro Mapas Literários: o Rio em histórias, organizado por Ninfa Parreiras e publicado pela Editora Rovelle. Viva!!!

sábado, 13 de junho de 2015

Mário de Andrade: a inquietude do arlequim-curumim


Este mês, o Poesia no Parque homenageou Mário de Andrade e teve autógrafos da Luciana Sandroni. Um prato cheio! Assinei o roteiro junto com Beto Silva e Ninfa Parreiras. Com a colaboração dos 12 polos de bibliotecas comunitárias do Programa Prazer em Ler do Instituto C&A. Um prazer imenso fazer esse trabalho!

sábado, 16 de maio de 2015

Poesia no Parque e uma prévia dos Mapas na FLIST


Para o Poesia no Parque na FLIST deste ano, Miriam Ribeiro, Pepita Sampaio, Rachel Facó e eu preparamos um roteiro especial em homenagem ao Ferreira Gullar e ainda teve bate-papo sobre o livro Mapas Literários: o Rio em histórias. Está no forno, quase pronto. Nosso encontro foi regado a lembranças, abraços, sorrisos, cores e muita emoção!

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Limerique da Saudade


A ausência do papai desarmoniza o ambiente 
Maroca arranja otite e eu fico doente 
Aos trancos e barrancos 
Mamãe de cabelos brancos 
Todos fazemos coro: papai, volta pra gente!

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Ao infinito e além!

Olá, amigos! Depois desse mês de férias, viajando e curtindo meu filhote, volto com minhas postagens, cheia de energia e otimismo! Este primeiro post dedico aos Livretos Coloridos, que só têm me dado alegria! Na imagem abaixo, alguns comentários sobre eles. O gráfico do total de downloads até hoje na loja do iBooks está marcando cerca de 96.900!