sexta-feira, 24 de junho de 2022
O menino Sabino
quinta-feira, 23 de junho de 2022
Onde tem bruxa tem fada...
"Eles diziam onde as pessoas deveriam guardar seu dinheiro. Então o dinheiro crescia, crescia, crescia e ficava tão forte e valioso que os homens podiam comprar tudo: casa, carro, viagem, roupa, voto, poder, glória 'sem entrada e sem mais nada'.
A fada do céu sentiu que não tinha tamanhos poderes. Seus encantamentos só eram coisas de alegrar coração...
(...)
Os mágicos - prometendo o céu na Terra - davam tantas tarefas aos homens que eles não tinham tempo para saber que faltava tempo para a alegria nascer."
"Onde tem bruxa tem fada..." (Moderna), com ilustrações da Suppa, foi meu primeiro livro do Bartolomeu Campos Queirós. Não por acaso.
Os textos desse autor, cuja fala era hipnotizante (tive o prazer de ir a uma palestra dele num dos salões da FNLIJ), são todos repletos de poesia e brincadeiras com as palavras. Confesso que ele não é dos meus preferidos, mas reconheço sua grande importância na LIJ brasileira.
No entanto, esse livro em especial me afeta bastante por conta do tema. E, pelo visto, Gui também curte. Ontem pediu para ser o livro da nossa hora da leitura pela terceira vez em uma semana.
A história traz um retrato bem triste da nossa sociedade consumista. Fala dos "mágicos" que nos prometem mundos e fundos e da esperança venenosa e viciante cultivada por eles. Quem só espera nunca alcança e esquece de sonhar, imaginar... A ponto de não saber o que pedir quando uma fada aparece.
"- Peçam viagens ao centro das sementes para ver a árvore antes de nascer. Peçam ruas cobertas de música para o caminho ser canção. Ou, quem sabe, livros com folhas brancas para os olhos inventarem as histórias!"- sugeria a fada. Mesmo assim, as crianças desconfiam. "- Quanto custa, quanto?"
De amargar... porque é real. Talvez o Gui ainda não alcance a mensagem desse livro. Talvez ainda acredite em fadas e se deixe encantar se algum dia uma aparecer na sua frente. É o que eu desejo.
domingo, 5 de junho de 2022
O gato e o diabo
- Dinheiro nenhum - respondeu o Diabo. - Faço tudo de graça. Só quero uma coisa: o primeiro que atravessar a ponte vai me pertencer.
- Combinado - disse o Prefeito."
Ontem na hora da leitura teve "performance" do Gui. Quando me mostrou o livro que tinha escolhido, tive um ataque de riso! Esse é um dos nossos clássicos mais queridos: "O gato e o diabo" (saudosa Cosac Naify), do James Joyce, traduzido pela Lygia Bojunga, com as fantásticas aquarelas do Lelis.
A malícia de um chefe do Executivo pode surpreender até mesmo o cão-tinhoso em pessoa! Um lindo livro de capa dura, bizarro, divertido e... instrutivo!
Infelizmente a Cosac Naify não existe mais, mas na Estante Virtual você certamente acha alguns exemplares desta belíssima edição.
sexta-feira, 27 de maio de 2022
Eva Furnari
Eu disse à Isabel que "devo ter uns 20". Então, Zabel, tenho 21! Porque o Felpo Filva foi adotado pela escola este ano. Pretendo ter todos. Gui ADORA os livros dela! (Maroca também)
1) Cacoete
2) Sorumbática
3) Marilu
4) Rumboldo
5) Pandolfo Bereba
6) Trudi e Kiki
7) Drufs
8)Os problemas da família Gorgonzola
9) Lolo Barnabé
10) Tartufo
11) Dalfonsinho
12) Cocô de passarinho
13) Não confunda
14) Assim assado
15) Travadinhas
16) Nós
17) A bruxa Zelda e os 80 docinhos
18) O feitiço do sapo
19) Bruxinha Zuzu
20) Zig-zag
O Felpo Filva, se estivesse aqui, ficaria em oitavo.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2022
Quando a Morte faz papel de boba
"Certa noite, bateram na porta de sua casa. Era a Morte vestida com uma capa preta.- Zé, pode se preparar. Sua hora chegou - disse ela segurando uma foice.
- Mas como! - exclamou ele espantado. - Já? Deve haver algum engano! Ainda me sinto tão bem!
A Morte não era de muita conversa.
- Se está pronto, vamos.
Zé Malandro baixou a cabeça.
- Posso fazer um último pedido?"
Olha, preciso dizer... que livro supimpa! "Contos de enganar a morte" (Ática), de Ricardo Azevedo, envolve a gente e rende boas gargalhadas. São quatro contos sensacionais nos quais a Morte é descaradamente enrolada por personagens bem malandros e destemidos, que não estão nada a fim de ir com ela para o outro mundo.
As ilustrações, do próprio autor, são poucas, mas suficientes. Lembram xilogravuras e combinam demais com o clima das histórias.
Gui e eu adoramos! Lemos um conto atrás do outro, sem parar e, como o próprio livro diz, "o tempo, quando vai se ver, já passou"!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2021
Últimos meses do ano: reflexão e entretenimento
segunda-feira, 18 de outubro de 2021
Livros de outubro

terça-feira, 28 de setembro de 2021
Leituras Peraltas: Brincando de fazer arte
Bom dia, pessoal! Acabo de publicar o décimo e último vídeo da minha série no canal leituras peraltas. Nele, eu apresento um livro escrito e ilustrado pela Isabel de Paiva, a irmã que a ESDI me deu, que estimula a criançada a meter a mão na massa e fazer arte.
E por falar em arte, o livro inspirou uma peraltice inusitada: um vídeo extra, estrelado pelo Gui. Ele disse que quer ser youtuber para ensinar a criar com as mãos. 😊 Não percam!
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
Agosto e setembro em série
Eis os livros novos do Gui de agosto e setembro!
Nosso novo combinado é o seguinte: ele escolhe um e eu, o outro, com seu consentimento. Funcionou bem nesses dois meses. Ele está numa onda muito diferente da minha: terror, heróis lutadores... Assim, ambos ficamos satisfeitos.
Os livros que ele quis trazer pra casa foram:
Agosto - "Rowley apresenta: Histórias supimpas de terror" (VR Editora), de Jeff Kinney (o autor de "Diário de um banana");
Setembro - "Superbebê Fraldinha 2: A invasão dos ladrões de privada" (Companhia das Letrinhas), de Dav Pilkey (o autor das coleções do Capitão Cueca e do Homem-cão).
Dois shows de megaultra besteirol. Ótimos para estimular a leitura dos pequenos.
De minha parte, dei uma incrementada em nossa coleção da incrível Eva Furnari (bom assunto para outro post):
Agosto - "A bruxa Zelda e os 80 docinhos" (Moderna);
Setembro - "Tartufo" (Moderna).
Lemos todos eles parceladamente, pois têm textos longos para o Gui e o sono chega antes do ponto final. Diversão garantida para noites em série.
domingo, 18 de julho de 2021
Clube Mamãe de julho
sexta-feira, 4 de junho de 2021
Clube Mamãe de junho
"Infinitos" (Melhoramentos), de Leo Cunha e Alexandre Rampazo, e "O pai da mamãe" (Editora Caixote), de Cristiana Gomes e Odilon Moraes. Gente... quanta delicadeza... Pra quem se emociona com histórias sobre avós, são um prato cheio.
Eu só tive a oportunidade de conhecer minha avó materna. Com ela aprendi muito sobre a vida e sobre mim mesma. Gui, por pouco, não conheceu a bisa. Estava na minha barriga quando ela se foi. Mas ele tem uma vovó e dois vovôs pra brincar, bater papo, construir memórias. Menino de sorte!
A leitura desses livros com meu pequeno promete. Os assuntos são muitos e são um só. Falam de marcas. As do tempo, cabelos brancos, nossas lembranças, tatuagens que não nos deixam esquecer.
Espero que ele goste!
quinta-feira, 3 de junho de 2021
Dobradinha: Ana Maria Machado e Ruth Rocha
"Dia de chuva" e "Atrás da porta", ambos publicados pela Salamandra, têm crianças como protagonistas, muito criativas, curiosas, inquietas, que se deixam levar pela imaginação, divertindo-se a valer dentro de casa num dia de chuva ou durante a madrugada, à luz de velas, numa sala secreta cheia de livros maravilhosos, que ficava bem ali, atrás da porta.
Não foi a primeira vez que lemos esses livros, mas a experiência é diferente a cada leitura.
Que delícia ver o Gui rindo das "viagens" das personagens mesmo presas em casa (me segurei pra não dizer "não vá tentar fazer igual, hein... é perigoso! E embaixo do sofá tem poeira. Olha a alergia!" Ah, cabeça de mãe...)
O mistério da biblioteca atrás da porta no quarto da avó do menino também fez o Gui vibrar, sobretudo quando percebeu que já conhecia a história de um dos livros que lá estavam. "Esse eu conheço! Eu já li!" Aí eu choro de emoção...
Depois que meu menino dormiu, tratei de pensar nos próximos livros do "Clube Mamãe". Os deste mês já devem estar chegando.❤️
terça-feira, 11 de maio de 2021
Clube Mamãe de maio

segunda-feira, 3 de maio de 2021
Leituras Peraltas: Pinguinhos de memórias
"Tantas coisas podemos colecionar... Crianças adoram coleções. De brinquedos, canetinhas, figurinhas, cartas tipo RPG... Mas será que só dá pra colecionar o que podemos segurar? Apenas coisas sólidas, concretas?"
sexta-feira, 16 de abril de 2021
Overdose de Orígenes Lessa
terça-feira, 13 de abril de 2021
Um livro leva a outro
domingo, 11 de abril de 2021
Livros de março
terça-feira, 6 de abril de 2021
Leituras Peraltas: Brinquedos que vão e ficam
quinta-feira, 11 de março de 2021
Clubinho personalizado
Em fevereiro, na dupla que chegou de surpresa no quarto do meu pequeno, só deu Alexandre Rampazo.
Fazia algum tempo que eu flertava com os livros dele. Foi difícil escolher apenas dois pra começar. Mas valeu muito a pena. Livros lindos, caprichadíssimos! O traço desse autor ilustrador, que é delicado e cheio de personalidade, acompanha textos que despertaram a curiosidade do Gui e o mantiveram atento até o fim.
A dupla deste mês já está a caminho. Em breve mostro pra vocês!
segunda-feira, 1 de março de 2021
Leituras Peraltas: O rei que caiu na real
No vídeo falo um pouco sobre o que chamam de "síndrome do imperador" nas crianças e, em paralelo, mostro uma peraltice baseada no livro "A cutia que virou princesa" (Rovelle), escrito pela Lia Neiva e ilustrado pelo William Côgo. Espero que gostem!
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
Leituras Peraltas: Meu grande amigo imaginário
Amigos imaginários podem aparecer de várias maneiras. Agora na quarentena, então, a situação está para eles.
O último vídeo do ano do canal Leituras Peraltas já está no ar e o tema é esse aí: amigos imaginários. Marilia Pirillo e André Neves são os autores dos livros que inspiraram a peraltice dessa vez.segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Leituras Peraltas: O sonho é vencer os medos
Dormir é tão gostoso... Por que será que as crianças lutam tanto contra o sono?
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
Leituras Peraltas: Festejando com as lendas
Olá, pessoal! Hoje tem novo vídeo no canal Leituras Peraltas. É o segundo sobre folclore. Falo de um livro que Gui adora (escrito pelo trio Andrea Viviana Taubman, Marcelo Pellegrino e Thiago Taubman Costa), que foi a cereja do bolo de seis anos dele. Isso mesmo! Acessem: https://youtu.be/a_m21hdrhyI. Espero vocês lá!
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Marcelo, Marmelo, Martelo
Noutro dia Gui e eu lemos o “Marcelo, Marmelo, Martelo e outras histórias” (Ed. Salamandra), da Ruth Rocha, ilustrado pelo Adalberto Cornavaca. Ele estranhou um pouco. “Mamãe, o desenho não era esse!”
A impressão dele foi a minha quando lemos a edição nova, que também temos, há algum tempo. Mesma editora, mas ilustrado pela Mariana Massarani. A ilustração não era aquela.Acontece que esse livro me tocou demais quando eu tinha a idade do Gui. Meu irmão e eu éramos fãs do Marcelo, da Gabriela e do Caloca, protagonistas dos três contos do livro, com ilustrações só em laranja e preto. E quando isso acontece, é como ouvir uma versão de uma música que você ama. Não dá pra adaptar. Você quer o mais próximo possível da versão original. É lembrança com alta carga afetiva. Não há concorrência possível.
Mariana Massarani, sabiamente, fez ilustras totalmente diferentes na nova edição. Para novos leitores, ilustras que nada lembram o que era a edição anterior. Caso contrário, seria apenas o arremedo de algo insubstituível, que mexe com o imaginário de milhares de pessoas hoje. Ponto pra ela!
“Marcelo, Marmelo, Martelo e outras histórias” era dos meus preferidos quando criança, acredito que do meu irmão caçula também. No início da faculdade de design, ousei fazer como projeto a programação visual de uma agenda, baseada nas ilustras desse livro. Está no meu portfólio.
A grandeza de um artista reside também na noção de seus limites. Eu (na maior parte das vezes) posso comprar a edição antiga de um livro na Estante Virtual e me emocionar lendo o volume, enquanto aprecio as ilustras, mas meu irmão caçula não está mais entre nós pra emitir suas opiniões, gargalhar com a história. Ele está nos meus pensamentos. E quando me deparo com algo que não era só meu, mas nosso, eu choro. Volto a ser criança, sem ele. E nada, ou qualquer nova edição, é capaz de reproduzir essa emoção.
Que a arte se propague e que os afetos se perpetuem!
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
60 contos diminutos

ODEIO MINHA MÃE
Ficou olhando as letras com os olhos semicerrados, a respiração pesada.
Se jogou na cama soltando um resmungo. Amassou o papel com violência e enfiou num canto da cama debaixo do colchão. Ficou olhando pro teto sentindo o ódio arder por dentro até explodir numa lágrima que molhou o travesseiro. Ficou ali imóvel, o corpo tenso enquanto ouvia o pai e a mãe conversando baixo e se preparando para dormir. A luz do corredor apagou. Silêncio total.
Como ela consegue?!
Fritou na cama por muito tempo. O pensamento agitado, as frases de revolta gritando lá dentro. Precisava beber água! No caminho da cozinha parou em frente à porta do quarto de casal. A mãe dormia tranquilamente ao lado do pai.
Se aproximou silenciosamente dela e ficou em pé ao seu lado observando seu sono.
Como ela consegue?!
terça-feira, 22 de setembro de 2020
A olimpíada dos bichos
"Uma fila gigantesca de bichos cortava a floresta.
A bicharada estava em polvorosa.Foi quando a capivara, que tinha ido passar alguns dias fora, se aproximou curiosa:
- O que está havendo aqui? - perguntou para a anta.- A senhora não está sabendo? A onça resolveu promover a olimpíada dos bichos e quer premiar os que participarem. O que corre mais rápido, o mais forte e o melhor nadador.
A capivara, que não tinha grandes amizades com a onça, resmungou:
- Que bobagem! Essa aí vive querendo aparecer, se achando a mais sabida aqui da floresta.
- Bobagem nada... A senhora por um acaso sabe qual será o prêmio? - retrucou a anta."
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
As patas da vaca
1 pata tem 2 pés.
Se 1 vaca tem 4 patas
E 1 pata tem 2 pés,
1 vaca com 4 patas
caminha com 8 pés.
Quando a vaca dá o leite
as patas viram leiteiras."
Ontem a aula virtual do Gui terminou com um desafio. Todas as crianças teriam que pesquisar, com a ajuda dos pais, e escolher uma charada para apresentar na aula de hoje.
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
De carta em carta
(...)
- Para menino da sua idade eu não cobro nada. Mas tem uma coisa: você tem que ir à escola um dia e vir me contar como é, porque eu tenho muita vontade de saber... Esse vai ser o seu pagamento.
(...)
- Então escreva aí: VOCÊ ESTÁ TÃO CHATO...
(...)
- Só isso?
- Não, tem mais. Agora escreva: VÁ PARA O INFERNO!
(...)
O homem fez o que o menino estava mandando e entregou o bilhete a ele, achando que era para algum amiguinho. (...)“
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
Leituras Peraltas: O folclore sob investigação
Hoje tem vídeo novo lá no canal Leituras Peraltas, pessoal! O assunto da vez é folclore brasileiro e o livro apresentado é da dupla Alex Gomes e Cris Alhadeff. Se ainda não se inscreveram no canal, inscrevam-se, curtam, comentem, compartilhem. Bora trocar ideias sobre Literatura Infantil e Juvenil?
domingo, 16 de agosto de 2020
Calma, Vítor Hugo!

"O que será a pior coisa numa sala de espera? A própria espera ou o que vem depois? Enquanto o tempo passa, passa também tanta coisa pela nossa cabeça... Ih, rapaz, o cara lá no consultório parece que desmaiou, nem se mexe mais: sou muito novo pra ver cenas chocantes! Vai ver o doutor Pereira tá tirando todos os dentes da pobre criatura. Ai, meu Deus, será que em vez dos dentes ele tirou o cérebro do cara? Será que Pereira é o codinome de um doutor sinistro, tipo doutor Frankenstein? Será que esse consultório de dentista não passa de uma fachada pras experiências monstruosas de um cientista louco? Será que eu não devia dar no pé agora mesmo?!?"
Ontem Guigui disse tchau pra mais um dente de leite e aumentou a janelinha. Então, para a hora da leitura, "Calma, Vítor Hugo!" (Ed. Mundo Mirim), da Flavia Savary, ilustrado pelo Rubens Filho, caiu como uma luva.
O texto mistura as fantasias do menino, que se amarra em filmes de terror, com seus medos, sobretudo o de dentista. De quebra, ainda mostra que pode ser bem bacana brincar com as palavras através de um jogo que a princípio parece antiquado para o protagonista: palavras cruzadas.
Meu pequeno, que também curte um terror, mas nunca teve medo de dentista e tem sido extremamente corajoso para arrancar os dentes moles, achou graça nas viagens do Vítor Hugo. "Mas como ele ainda não sabia que dentista é legal, mamãe?" Foi dormir tão orgulhoso que até se esqueceu da visita da fada do dente. Mas deixa estar. De hoje não passa. O dentinho já está embaixo do travesseiro.
quarta-feira, 12 de agosto de 2020
Quindim de agosto
O Quindim de agosto foi uma gostosura. Teve "Greg: o menino que morava em um trem" (Editora Tigrito), da Ana Luiza Badaró, ilustrado pelo Odilon Moraes, e "O livro maluco das poções mágicas" (Editora do Brasil), do Leo Cunha, ilustrado pela Mariana Massarani.
"Greg morava em um trem com seu pai e sua mãe. O trem subia colinas e descia morros em dias de chuva e de sol. Um dia, os pais de Greg decidiram não morar mais no mesmo vagão. O trem entrou em um túnel..."
Lemos os dois livros ontem à noite. O do Greg é uma viagem em muitos sentidos. Fala de separações, frustrações e reviravoltas, tudo com texto e imagem em total sintonia. Gerou longa conversa com meu pequeno. Parabéns à Editora Tigrito pela belíssima edição. Acompanhamos os altos e baixos da vida do menino com o coração apertado e sentimos com ele o alívio e a alegria dos reencontros.
Depois do final feliz do Greg, mergulhamos de cabeça no livro encontrado num baú por uma princesa, que não era bem princesa, e descobrimos várias poções mágicas. Os trocadilhos do Leo Cunha combinados com as ilustras da Mariana Massarani são diversão garantida. Mas, sem dúvida, a melhor de todas as poções foi o "suco de pirlimpimPUM", que "deixa os puns cheirosos e musicais"!!! Dá pra imaginar o quanto isso rendeu, né?
quinta-feira, 6 de agosto de 2020
Sete ossos e uma maldição

- Bobagem, menina. Rico é tudo esquisito mesmo.
Mas, no fundo, achou que a filha tinha razão. Não sabia dizer direito o que era - se a expressão meio vazia do casal, o jeito que eles tinham de olhar, meio fixo, sempre para frente, a maneira de se moverem, lenta demais."
Conheci "Sete ossos e uma maldição", da Rosa Amanda Strausz, com ilustrações e projeto gráfico do Ricardo Cunha Lima, publicado pela Global, numa conversa sobre literatura infantil na Fundação Casa de Rui Barbosa. Rosa Amanda leu o início do primeiro conto do livro, "Crianças à venda. Tratar aqui.", e criou uma bela polêmica falando sobre a história. Uma senhora que assistia ao bate-papo se levantou indignada e disse que era um absurdo a autora brincar com um assunto sério como aquele.
Com um invejável jogo de cintura e todo respeito à dor daquela senhora, Rosa Amanda respondeu que literatura é isso. Mexe com nossos afetos. Ela estava satisfeita por ter conseguido despertar tanta emoção com a leitura de pequena parte do conto. Os assuntos sérios devem ser abordados pra que possamos lidar melhor com eles na vida. Foi ótima a fala dela.
De terror eu nunca fui fã. Parece que esse livro nasceu de uma vontade súbita que tomou a autora durante um período de sua vida, pelo que ela disse. Talvez eu não tivesse nem cogitado ler "Sete ossos e uma maldição" se não assistisse a essa mesa. Mas saí de lá querendo saber o resto do conto começado e, assim que pus as mãos num exemplar, li de cabo a rabo, quase sem piscar. Engoli meu medo do terror (sobretudo envolvendo crianças) e a-do-rei o livro.
O primeiro conto é o melhor, na minha opinião. Mas me arrepiam todos os outros também. Tem assombração, mistério, adolescentes destemidos, objetos amaldiçoados. Histórias macabras que atraem muitos jovens e adultos. Crianças também!
Guilherme olhou a quarta capa enquanto eu relia ontem e gritou: "Tem uma caveira assustadora no seu livro, mamãe! Quero ler esse!" Entrei em apuros. "Sete ossos e uma maldição" é juvenil. Eu não indicaria para uma criança de 6 anos. Mas com uma boa mediação, a gente adapta. Li pra ele o conto "Os três cachorros do senhor Heitor". Ele AMOU e pediu bis.
segunda-feira, 3 de agosto de 2020
Leituras Peraltas: Quero ser super-herói
domingo, 2 de agosto de 2020
Será o Benedito!

— Morrer não quero, não sinhô… Eu fico.
E seus olhos enevoados numa profunda melancolia se estenderam pelo plano aberto dos pastos, foram dizer um adeus à cidade invisível, lá longe(...)".
A edição de "Será o Benedito!", de Mário de Andrade, da Cosac Naify, infelizmente, é coisa rara hoje em dia. Faz parte da coleção "Dedinho de prosa". Um dos mais belos livros ilustrados que eu tenho e o que mais me emociona. Como se já não bastasse a história cativante e tristérrima do Mário de Andrade, as aquarelas super manchadas do Odilon Moraes são daquelas que a gente quer degustar, ficar olhando, babando (como é que esse cara consegue fazer isso?) Uma obra de arte. Redonda.
Li para o Guilherme uma noite dessas. Ele estranhou um pouco as manchas das ilustras no começo, mas logo embarcou. Simpatizou com o Benedito, com o moço da cidade, achou graça na expressão "será o Benedito!" fez comentários durante toda a leitura. No fim, a fatalidade o calou. Observamos a última ilustração em silêncio e eu disse: "triste, né?" Ele respondeu com a voz trêmula: "sim, dá até vontade de chorar." Então eu lhe mostrei meus olhos cheios d'água.
Benedito desistiu do sonho de conhecer a cidade por temer a tuberculose. Mas será que o campo era mesmo mais seguro? O desfecho dessa história remói por dentro. Que ironia. Viver é assim.
sexta-feira, 24 de julho de 2020
Sofia e o dente de leite

"O avô de Sofia disse
que se não fosse arrancado
ficaria em cima do novo,
assim, meio encavalado.
Sem dente, o Vô se lembrou
da forma que achava certa:
amarrar na maçaneta,
e quando a porta fosse aberta...
o dente pulava longe!
Sofia tremeu todinha
e preferiu ela mesma
tentar laçar com uma linha."
Quando me apresentaram esse livro, vi que seria perfeito pra ler com o Gui, que começou a perder os dentinhos de leite há pouco tempo. Neste momento, um incisivo central da arcada superior está em contagem regressiva, "malemodente".
Então peguei emprestado "Sofia e o dente de leite", do Henrique Rodrigues, com ilustrações da Bruna Assis Brasil, editora Memória Visual, e lemos ontem. Uma pena que esteja esgotado. Vou ver se encontro na Estante Virtual.
O livro, todo em verso, fala das dúvidas de Sofia sobre o dente que está mole e doído. Ela sofre imaginando como e quando ele vai cair, a mãe e o melhor amigo tentam amenizar sua angústia, lembrando da fada do dente e das vantagens de ter um sorriso com janelinha.
Nas ilustrações, as colagens com fotografias de dentes adultos (e a falta deles) são bizarras e, ao mesmo tempo, engraçadíssimas.
Guilherme gargalhou ao se deparar com o buraco no sorrisão do amigo da Sofia. Tenho a impressão de que ele está torcendo pra ter um igual.
segunda-feira, 20 de julho de 2020
Lino

De quando em quando preciso rearranjar nossa coleção de livros infantis pra enxergar as preciosidades que temos. "Lino" é um livro de poucas palavras, com imagens belíssimas, cheias de personalidade, cores, texturas. Verdadeiros presentes para os olhos no traço inconfundível do André Neves.
Os personagens Lino e Lua são brinquedos muito amigos que se separam por razão inevitável. Lino se entristece até conhecer Estrela, a menina alegre que traz de volta o brilho da Lua pra sua vida.
Por falar em amizade e saudade, feliz dia do amigo!
quinta-feira, 16 de julho de 2020
Capitão-Cueca e O Homem-Cão

Não vou citar trechos das histórias desta vez porque não vale a pena. É um besteirol danado (e que criança não gosta disso?). Mas outro dia mostrei ao Gui que ia ter uma live com uma contadora de histórias na qual seria lido o novo livro do Homem-Cão. O número 6. Ele ficou animadíssimo. "Já saiu o novo?! Oba!" Então me perguntou se eu não podia ver se já tinha na livraria, pois ele preferia que lêssemos o livro juntos.
Já comprei o livro, claro, e estamos aguardando ansiosos sua chegada.
terça-feira, 14 de julho de 2020
Adivinhe quem vem para assustar

Viu uma casa e, disfarçadamente, meteu a cara na janela. Lá dentro havia um garoto de olho vidrado numa caixa de onde saía uma luz colorida.
'É agora que faço ele pular de susto!', pensou a Cuca.
E deu um berro na janela.
O menino nem se virou. Levou o dedo indicador à boca:
- Ssshhh! - Fez, pedindo silêncio.
A Cuca não entendeu.
- Mas você não se assustou?
- Quer ficar quietinha, que eu tô assistindo televisão?"
"Adivinhe quem vem para assustar", do Maurício Veneza, ilustrado pelo Angelo Abu, editora Formato, fala sobre a frustração das lendas, que se apavoram e se arrepiam com as histórias do bicho-gente, "um ser poderoso que ameaça o mundo em que vive".
Livro divertido, mas que também dá uma boa chacoalhada no leitor e o põe pra pensar. Será que o saci, o curupira, a cuca, o boitatá estão com os dias contados?
As lendas do folclore brasileiro são um prato cheio pra mexer com o imaginário das crianças. E dos adultos também. Aqui em casa elas têm um fã e são muito respeitadas, sim, senhor! Cuidado com a cuca, que a cuca te pega!
segunda-feira, 6 de julho de 2020
Leituras Peraltas: Rabiscos pra começar
Hoje a dica de leitura é em forma de vídeo!
Serão dez vídeos, publicados mensalmente, com a apresentação de um livro e uma arte ligada à história. Bateu curiosidade? Assista ao vídeo. Foi preparado com muito cuidado e carinho. Se achar legal, curta, compartilhe e se inscreva no canal. Vou amar dividir minhas experiências de Leituras Peraltas com vocês!
sexta-feira, 3 de julho de 2020
Só um minutinho
- Só um minutinho! Meu corpo não quer.
- Arrumou seu quarto, Porquinho? Mas que demora!
- Só um minutinho! Falta pouco agora."
Digo ao Gui que esse é o livro sobre a vida dele. "Só um minutinho", escrito e ilustrado pelo Ivan Zigg, publicado pela Nova Fronteira, mostra um diálogo bem comum entre pais e filhos. São repetições e mais repetições até o cumprimento das tarefas. O Porquinho, protagonista da história, é o mestre da embromação e meu filhote se diverte com a identificação que rola desde o início da leitura.
O livro é bem curtinho, rimado e todo em letra bastão. Perfeito para os pequenos que estão começando a ler sozinhos. As ilustrações do Ivan Zigg, bem coloridas, maluquetes e com detalhes que contam além do que está escrito, enriquecem a dinâmica da leitura.
Há apenas um porém, na opinião do Guilherme, sobre "Só um minutinho". Ele diz que acaba muito rápido e me faz prometer ler mais uma história. Olha aí o mestre da enrolação tentando alongar a conversa pra não dormir... Daí vão mais muitos minutinhos, mas tudo bem. Ganhamos os dois. Quando o assunto é leitura, a pressa não tem vez.
quarta-feira, 1 de julho de 2020
Drufs
Um dos meus pais se chama Nic Suflê. Ele é estrangeiro. Ele nasceu em Fritemburgo e tem sotaque. Diz JOGOLÁD em vez de chocolate, GAFÉ em vez de café. Quando eu imito a fala dele, todo mundo cai na risada.
Meu pai tem um restaurante de comida fritemburguesa. Ele é um chefe de cozinha famoso, mas quem faz comida aqui em casa é o meu outro pai, o Croassan.
Quando eu crescer, quero ser chefe de cozinha. Já sei fritar ovo e enrolar brigadeiro. Outro dia, fiz um sorvete de fristache. Meu pai Nic experimentou, cuspiu e gritou: -EGA! O GUÊ VOZÊ BÔZ AGUÍ? ESDÁ COM GOSDO DE ZABONETE!"
Ontem a barriga doeu de tanto rir na nossa hora da leitura. Gui e eu tivemos vários ataques de gargalhada com os "Drufs", da Eva Furnari, publicado pela Editora Moderna. Essa última fala do Nic Suflê quase não saiu por causa das risadas. Adoramos os Drufs, "seres parecidos com a gente, só que menores".
A professora Rubi pede a seus alunos que façam fotos de suas famílias e escrevam sobre elas algumas "coisinhas", valendo inventar! A tarefa é realizada por 16 alunos cujos nomes já são uma piada.
As famílias descritas são totalmente diferentes umas das outras. Tem aluno com dois pais, com duas mães, famílias enormes, que incluem tias, tios, avós, a prima do interior, bichos de estimação, o namorado da mãe, a nova esposa do pai e os filhos dos novos relacionamentos... Tudo com ilustrações hilárias à base das fotografias de Natalia Alavarce, com os dedos pintados e ornados pela maravilhosa Eva Furnari.
O projeto gráfico, da Claudia Furnari, é outro ponto fortíssimo do livro. A disposição das fotos, desenhos, bilhetes, as letras dos alunos. Um trabalho redondo. Quem curte literatura infantil e não conhece Drufs, precisa conhecer.
Fiquei impressionada com nosso acesso de risos lendo esse livro. Com o meu, especificamente. Gui tem 6 anos. Passamos um bom tempo só rindo do nome "Grebs"! É... espero que essa bobeira gostosa nunca me largue.
domingo, 28 de junho de 2020
Siga a seta!
"Um dia, um rapaz que vivia na Cidade das Setas começou a ter um pensamento esquisito. Um pensamento que não vinha indicado em nenhuma seta. O pensamento do rapaz segredava-lhe assim lá por dentro: o que haverá no espaço entre as setas?
Então, uma tarde, quando voltava para casa, o rapaz aventurou-se."
Ontem foi dia de Clube Quindim. Gui chegou no quarto dele de manhã e se deparou com seu nome num embrulho sobre a cama. Que alegria!
Esse foi nosso primeiro mês de assinatura. Demorou pra chegar por conta da situação atual, mas a surpresa valeu a pena. Meu filhote adorou "receber uma encomenda".
Os livros vêm acompanhados de um mapa de leitura (uma espécie de orientação aos adultos mediadores da leitura) e um diário do leitor ("esse foi o que eu mais amei, mamãe!"). Nesse último a criança coloca seu nome, faz um autorretrato e vai registrando suas impressões das leituras a cada mês. Uma graça.
Lemos os dois livros ontem à noite, mas vou falar aqui daquele que nós mais gostamos. "Siga a seta!", de Isabel Minhós Martins, ilustrado por Andrés Sandoval, publicado pela Companhia das Letrinhas.
Assim que pegamos pra ler, o Gui estranhou. "Nossa, quanta seta! Que confusão! Parece um labirinto." A ideia do livro parece ser mostrar ao leitor que, de vez em quando, vale a pena questionar nossas rotinas, os rumos que tomamos de forma automática, a fim de viver novas experiências, descobrir.
Mas o comentário do meu pequeno me fez refletir noutra direção. Aquele monte de informação que compõe as imagens labirínticas do livro, com verbos no imperativo, a mim parecem as incontáveis propagandas às quais somos expostos constantemente, em todos os lugares.
Lembram-me também a confusão de pensamentos numa cabeça ansiosa (acho que se minhas ideias fossem fotografadas, o resultado seria bem próximo das ilustrações desse livro). Viajei? Sei não. Acho que só peguei o caminho entre as setas.
sexta-feira, 26 de junho de 2020
No meio do caminho tem uma porta
Sempre fui sensível, de chorar por qualquer coisa. Uma cena, um quadro, um cheiro, uma música. Mas depois que o Gui nasceu, eu virei uma maria-chorona quando o assunto é maternidade. As alegrias e os apertos.
"No dia seguinte, encontrei a porta fechada e a famosa frase: 'Tô ocupado, mãe!' Mas não liguei, não. Dei meu boa-noite e fui dormir. Por enquanto, no meio do caminho tem uma porta. Mas as portas abrem e fecham. Não é pra isso que elas servem? Pra abrir e fechar?"
quinta-feira, 25 de junho de 2020
Conversê

"- João?
- Hm?
- Você tá dormindo?
- N-n-não.
- Quê que é conversê?
(...)
-João?
-Hm.
- Quê que é 'fiada'?
- Sei lá, Zeca.
- É que a vizinha falou pra mãe que alguma coisa era conversa fiada.
- Ah, é a mesma coisa que papo furado.
- Tem nada a ver com fio, não?
- ?
- É que a vó disse que antes os telefones tinham fio.
- ?
- Eu achei que conversa fiada era conversa antiga pelo telefone.
- Chega de conversê, vamos dormir."
Deve ser por isso que ele se identificou tanto com o Zeca, quando lemos "Conversê", do Luiz Raul Machado, ilustrado pela Marilda Castanha, publicado pela Galerinha, do Grupo Record. Quando me deparei com esse livro lá no salão da FNLIJ, achei o máximo e o trouxe pra nossa coleção. Não só pelo texto cheio de humor e brincadeiras com o Português do Luiz Raul, mas também pelo belo trabalho de projeto gráfico + ilustrações da Marilda Castanha. No entanto, eu não esperava que ele fosse fazer o Gui rir tanto. Cada vez que o Zeca chamava o irmão mais velho: "João?" era mais um "KKKKKKKKK". O maior barato!
Ontem a hora de dormir foi assim. Cheia de conversê. O livro foi lido duas vezes seguidas. Fora o conversê de sempre que veio depois.
quarta-feira, 24 de junho de 2020
Monstros do cinema
Para crianças que estão começando a ler, essa brincadeira com as sílabas é perfeita. E, no fim do livro, tem informações históricas sobre esses monstros e os filmes que protagonizam. A gente se diverte junto com as crianças. Bem que o Drácula diz, na capa, que o livro é pra toda a família.
terça-feira, 23 de junho de 2020
A fome do lobo
A história é do tipo lenga-lenga, vai se repetindo a cada novo personagem (enquanto a impaciência e a fome do lobo crescem). Em seu caminho, ele encontra vários bichos: rato, porco-espinho, jabuti, sapo, touro... Mas todos o convencem, com um bom argumento, de que não será um bom negócio devorá-los. Até que ele chega à cidade, entra pelo primeiro portão que encontra aberto e bate à porta. Que surpresa legal! Não dá pra contar mais. Vale a leitura, de preferência com um pequeno do lado.
segunda-feira, 22 de junho de 2020
O rapaz que se casou com uma sapa
Ele gaguejou, mas respondeu:
- Sim, mas do jeito que está, só a nado.
(...)
- Se você quiser, eu carrego você. Mas tem uma condição. (...) você promete que casa comigo depois?
Mangando da sapa, o rapaz prometeu na mesma hora. Casar com uma sapa, já se viu? Ele não acreditava em feitiço. Ela o atravessaria e ele iria direto para a casa da namorada. Na volta daria um jeito, que enganar uma sapa ia ser muito fácil!, ele pensou."
O título do livro já adianta o final, mas a graça está justamente no desespero do moço ao se dar conta, pouco a pouco, de que traçou seu destino no momento em que tentou se aproveitar da boa vontade da sapa apaixonada.
domingo, 21 de junho de 2020
Três desejos para o Sr. Pug
Na história, uma fadinha espevitada quer desamarrar a cara do Sr. Pug realizando-lhe três desejos. Sugere várias coisas alegres e coloridas (algumas esdrúxulas) para animá-lo, mas, percebemos que, assim como Maroca, ele não quer muito da vida além de comida e sossego.